Para passar a receber navios com 400 mil toneladas de porte bruto (TBP), a Vale decidiu investir na dragagem do Porto de Tubarão, por onde exporta minério de ferro, soja e importa matéria prima para produção de fertilizantes, entre outros produtos. A empresa investirá R$ 120 milhões para tornar o porto mais competitivo a partir de abril do próximo ano.
Por enquanto, a mineradora está trabalhando no processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). Segundo o gerente de desenvolvimento sustentável da Vale, Romildo Fracalossi, a obra vai possibilitar que o modal portuário da empresa receba navios com calado de 23 metros. A área já é considerada a mais eficiente do mundo em relação ao giro de pátio – eficiência na movimentação de minério e pelotas nos pátios de estocagem.
Atualmente, o Porto de Tubarão tem capacidade para receber navios com calado de até 20 metros, segundo Fracalossi. “Tubarão consegue receber o maior navio transportador de minério do mundo, que tem 365 mil toneladas de porte bruto (TBP). Mas, devido à falta de profundidade, o navio não pode receber toda a carga que tem capacidade”, explica o gerente de desenvolvimento sustentável.
A previsão é de que a dragagem comece em julho, quando o processo de licenciamento deve ser finalizado. A retirada dos sedimentos será feita por uma empresa estrangeira e deve durar 11 meses. O prazo longo, segundo Fracalossi, é porque todo o trabalho é realizado com o porto em plena carga.
A intervenção, explica Fracalossi, consiste na retirada de areia e sedimentos do fundo do mar para aumentar sua profundidade. Ao final das obras, a profundidade do canal de acesso ao porto – que hoje é de, exatamente, 22,5 metros – passará a ser de 25,3 metros. Isso permitirá que as manobras de entrada, saída e de giro dos navios sejam feitas de forma ainda mais segura.
“Além das questões de segurança, a dragagem do Complexo Portuário de Tubarão prepara o Espírito Santo para receber a nova geração de navios graneleiros, com até 400 mil toneladas”, afirma o gerente. A empresa também espera manter, com esses investimentos, a exportação brasileira de minério de ferro em nível competitivo.
O material retirado do leito do mar será depositado em um ponto específico do oceano, distante 15 quilômetros da costa e fora das regiões de trânsito de embarcações e de pesca. O local é parte da área definida pelo Iema para receber descarte do material gerado nas dragagens de demais portos da Região Metropolitana.
Nove propostas para sondas da Petrobras
Nove consórcios apresentaram ontem propostas para a licitação de até quatro pacotes de sondas de perfuração da Petrobras, segundo fontes que acompanham o processo. Anteontem, a empresa já havia recebido sete propostas para outras duas sondas de seu programa de encomendas. Os consórcios que compareceram ontem foram: Keppel Fels, Estaleiro Atlântico Sul, Engevix, Eisa Alagoas, Jurong, Mauá/Andrade Gutierrez, UTC/Odebrecht/OAS, STX e Alusa/Galvão. Os sete primeiros estão participando também da outra concorrência. A Petrobras analisará primeiro as propostas técnicas e deve abrir as propostas financeiras apenas em meados de junho. Cada unidade tem custo estimado pelo mercado em cerca de US$ 800 milhões.
Fonte: A Gazeta (Vitória) ES/Denise Zandonadi
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