Serviço é parte do canal do Píer Petroleiro do Porto de Suape

Conforme havia antecipado a Folha de Pernambuco, a dragagem do canal de acesso ao Píer Petroleiro do Porto de Suape sofrerá um aumento considerável no seu orçamento, passando dos R$ 110 milhões para R$ 278,2 milhões. De acordo com o diretor de Engenharia e Meio Ambiente do Complexo Industrial, Ricardo Padilha, resta esperar a definição da Secretaria Especial de Portos (SEP) a respeito da responsabilidade sobre o projeto. Por sinal, a deliberação aconteceria até o fim de julho. “Precisamos saber da SEP quem lançará a licitação, se seremos nós ou eles”, afirmou, lembrando que inicialmente apenas os R$ 110 milhões estão assegurados pelo órgão federal.

O Píer servirá como terminal de atracação para que navios de grande porte cheguem próximos ao local da Refinaria Abreu e Lima. A obra da dragagem, que visa aprofundar de 16,5 metros para 20 metros o calado (profundidade) da área, passando a suportar embarcações de 170 mil toneladas (hoje, o máximo é de 130 mil toneladas), sofre desde 2009 com divergências quanto aos seus valores. Para executar os serviços de dragagem, a direção de Suape defendia R$ 240 milhões para o empreendimento, alegando que havia diversas pedras no fundo do mar, e a SEP mandou suspender o processo licitatório para fazer uma outra concorrência, argumentando que o valor da obra estaria em R$ 110 milhões.

No entanto, nenhuma empresa se colocou para tocar a obra por achar que a relação “custo benefício” não era interessante financeiramente. Logo, um estudo - novas sondagens geotécnicas feitas por Suape, que saíram por R$ 120 mil - foi realizado visando chegar ao custo real da construção. O trabalho foi concluído em março e entregue à SEP, que bateu o “martelo” a favor do laudo encomendado pela empresa. O certame, que seria reaberto em abril, deverá ser publicado apenas no segundo semestre deste ano e, dessa forma, o projeto deve ser finalizado apenas em oito a 12 meses.

MANUTENÇÃO

A direção de Suape contratou a Construtora Venâncio LTDA para realizar um serviço de manutenção em um dos acessos rodoviários ligados ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A passagem em questão foi feita em 2007 e está com uma carência no sistema de drenagem por conta das chuvas. Logo, serão colocados mais canos debaixo da pista para anular as deficiências. O valor é de pouco mais de R$ 1 milhão e a intervenção ocorrerá em 60 dias.

Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO