Devido ao grande volume de chuvas dos últimos dias em Santa Catarina, a entrada e a saída de navios de carga no porto de Itajaí está com movimentação comprometida. Isto se deve ao fato do assoreamento do rio, impossibilitando navios de atracarem.
Segundo informações da assessoria da responsável pelas operações de movimentação de contêineres no porto de Itajaí, APM Terminals, os navios estão conseguindo atracar com restrições durante o dia, com condições de preamar e cargueiros de calado de até 9 metros.
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Foi observado que vários navios estavam aguardando atracamento, mas acabaram desistindo. "Cerca de 30 navios deixaram de atracar no mês, o que representa perdas irreparáveis não apenas à cadeia logística, mas também aos armadores e aos importadores/exportadores, que deixaram de enviar/receber suas cargas. Pode prejudicar também empresas exportadores que tem contratos com prazos estreitos a serem cumpridos.", informa a assessoria de comunicação do Porto de Itajaí.
Perdas financeiras
No que se refere ao volume de perdas financeiras com a paralisação do Porto de Itajai, informaram apenas as perdas diretas da cadeia logística, de R$ 3,52 milhões por dia de paralisação total e R$ 2,112 milhões por dia de operações com restrições. Durante o mês de outubro, o Complexo Portuário do Itajaí ficou sem operar por 13 dias e operou com restrições por oito dias, o que acumula prejuízos de cerca de R$ 60 milhões à cadeia logística.
Esse cálculo é feito com base na média de movimentação do Complexo de 2,2 mil conteineres/dia, com o custo operacional (envolvendo toda a cadeia) de R$ 1,6mil/unidade. Já nos dias em que o Porto opera com restrições a movimentação de tem uma redução de 60%.
Dragagem do Rio Itajaí
A Autoridade Portuária informou que está trabalhando junto a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) para a realização de uma dragagem emergencial para a retirada de mais de 3 milhões de metros cúbicos, uma vez que o Complexo Portuário está instalado na foz da Bacia Hidrográfica do Itajaí-Açu e todos os sedimentos acumulados na bacia acabam sendo carreados para sua foz. Com isso o calado operacional do Complexo caiu de 12,5 metros para 9 metros. Esse calado que está se buscando retomar. A dragagem deverá custar cerca de R$ 40 milhões.
“Não estamos medindo esforços para resolvermos os problemas que estão sendo gerados pelas cheias. Já nos reunimos com o ministro Helder Barbalho, que foi muito receptivo à nossa demanda e determinou imediatamente que o Instituto Nacional de Pesquisas Hidrográfica (INPH) iniciasse os estudos para que a dragagem seja contratada com a maior brevidade possível”, completou o engenheiro Antonio Ayres dos Santos Jr, superintendente do Porto de Itajaí.
Fonte: Portal da Ilha/Paulo Luís Cordeiro