SÃO PAULO - Como nem tudo pode ser enviado por e-mail - pelo menos por enquanto -, empresas de tecnologia apostam em ferramentas virtuais para organizar o contato entre transportadoras e embarcadores.
O aplicativo Zummm, lançado em março, foi desenvolvido para ajudar caminhoneiros a encontrar cargas para serem transportadas do interior para os centros urbanos. Por ser o contrafluxo da movimentação de mercadorias, é comum caminhões retornarem vazios.
No app, os embarcadores anunciam as cargas, definindo o tipo de caminhão necessário, e o valor. Um caminhoneiro que se encaixe no anúncio declara seu interesse. O Zummm confirma as informações e os coloca em contato.
"Eu não preciso nem falar onde eu estou, o app me localiza e já me disponibiliza o que tem no mercado", diz o caminhoneiro goiano Walterlynce Vicente.
Para ele, a maior vantagem é a eliminação do agenciador, que faz a conexão entre caminhoneiro e embarcador.
O Zummm ainda não cobra pelo serviço, mas pretende ficar com 10% do valor do frete pago ao caminhoneiro.
SEGURO
Já a CargoBR não trabalha diretamente com caminhoneiros autônomos, mas com transportadoras, que possuem seguro da carga. "Se nós contratássemos o autônomo, nós teríamos que assumir todo o risco [da carga].
Nós optamos pelo gerenciamento só das informações", afirma Rodrigo Palos, um dos fundadores da empresa.
A CargoBR desenvolveu uma plataforma web em que transportadores podem cadastrar suas cargas e ver uma cotação em tempo real do frete. Ao contratar um transporte, a empresa se encarrega de fazê-lo chegar ao seu destino.
A receita vem de uma taxa entre 10% e 15% sobre o valor do frete, pago pelo embarcador. Em 2014, a empresa faturou R$ 2 milhões e pretende chegar a R$ 10 milhões no final deste ano. Atualmente, trabalha com 5.000 clientes e 700 transportadoras.
Além de se encarregar do transporte, a empresa também assessora gratuitamente os embarcadores para melhorar os processos de embalagem e estocagem das mercadorias antes do transporte.
Fonte: Folha de São Paulo/FERNANDA PERRIN
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