Os diretores da ANTAQ, Mário Povia (diretor-geral), Fernando Fonseca e Adalberto Tokarski, participaram na última terça-feira (24), em São Paulo (SP), do encontro que é organizado pela Agência e pelo Movimento Pró-Logística, grupo que reúne entidades dos setores agropecuário, industrial, comercial e da sociedade civil organizada em torno da implantação e manutenção da infraestrutura de logística federal e estadual em Mato Grosso e no acesso aos portos do país.
O evento foi realizado na sede do Instituto InfraBrasil/CEANI (Centro de Estudos Avançados da Navegação Interior), e reuniu representantes da Administração Hidroviária do Paraná (AHRANA/DNIT), Ministério dos Transportes, Marinha do Brasil (Capitania Fluvial do Paraná-Tietê e Estado Maior da Armada), Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, Fatec-Jahu, CODESP e representantes do setor empresarial.
Durante a encontro, foram discutidos diversos temas ligados ao setor hidroviário, como a crise hídrica e a navegação na Hidrovia Paraná-Tietê, o uso múltiplo das águas, com destaque para a produção de energia e a navegação, e concessão de hidrovias.
Na oportunidade, o diretor-geral da ANTAQ, Mário Povia, cobrou o andamento das obras de derrocamento do trecho do rio Tietê, próximo à barragem de Nova Avanhandava, no município de Buritama. A obra tornou-se essencial para a retomada da navegação naquele trecho da hidrovia, depois que o nível mínimo operacional do reservatório de Três Irmãos, que já havia sido rebaixado pela usina, caiu ainda mais devido à forte estiagem. O nível mínimo para operação da eclusa é de 323 metros e, hoje, está em 318,5 metros.
“Já foi feita a pré-qualificação das empresas que farão a obra e expedida a licença prévia do empreendimento. O projeto está na sequência e será brevemente licitado. O tempo previsto para obra é de 30 meses, mas, assim que o primeiro trecho estiver concluído, já vai ser possível navegar mais no rio”, disse o diretor-geral da ANTAQ.
O diretor Adalberto Tokarski também destacou a importância da obra, que conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e do governo do Estado de São Paulo. “A obra vem amenizar os problemas gerados com a paralisação da hidrovia e a forte estiagem que castigaram o sistema hídrico e a navegação no rio Tietê desde o ano passado”, observou.
Desde abril do ano passado que a navegação na Hidrovia Paraná-Tietê está parada. A paralisação começou depois que a Companhia de Energia do Estado de São Paulo (Cesp), para produzir mais energia, reduziu o nível das águas nos lagos das usinas de Ilha Solteira e Três Irmãos, que são ligados pelo Canal Pereira Barreto, no rio Tietê. A redução da vazão das duas usinas foi autorizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Com a paralisação, somente no período maio/novembro, houve uma queda na movimentação de carga na hidrovia de mais de dois milhões de toneladas de mercadorias, como soja, milho, farelo de soja, madeira e celulose.
G6+1
Durante a reunião também foi anunciada a retomada do G5 mais 1, grupo que reúne a ANTAQ e os governos dos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais em torno do desenvolvimento do sistema hidroviário do Paraná-Tietê. De acordo com Tokarski, o grupo agora passará a se chamar G6 com a entrada do estado de Mato Grosso.
Fonte: Antaq
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