No último dia 13, o I Encontro Técnico de Logística Portuária, reuniu mais de 130 pessoas, no auditório da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. Entre os participantes estavam os produtores da região, autoridades, associações e representantes de fornecedores da cadeia logística. Foram apresentadas as melhorias implantadas para mostrar que o Porto de Salvador é a melhor opção para o escoamento da exportação do algodão produzido no oeste da Bahia. O evento foi realizado pelo TECON Salvador em parceria com a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), com o apoio da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri) e da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
Também participaram do encontro os representantes dos armadores que atuam no Porto de Salvador, MSC, Ham Burg Sud, CMA CGM e CSAV, as duas últimas oferecem o novo serviço de rota com destino direto para a Ásia. O primeiro navio com a nova rota tem previsão de chegada no dia 17 de maio.
A abertura do evento foi feita pela presidente da Abapa, Isabel da Cunha, que destacou que os produtores estão confiantes com a possibilidade de uma nova opção para a exportação do algodão. “Se conseguirmos realmente praticar a exportação por Salvador, além do fato de ser mais próximo de onde o algodão é produzido, teríamos uma redução significativa de 800 km em relação ao Porto de Santos e isso consequentemente reduziria nossos custos, melhorando a rentabilidade dos produtores de algodão da Bahia. Porém, toda essa ação não depende somente dos produtores e do Tecon, para que isto aconteça, dependemos da cadeia produtiva como um todo, e se cada um fizer a sua parte tenho certeza que será possível viabilizar a logística e o processo de embarque por Salvador”, afirmou Isabel.
O estudo encomendado pela SEAGRI sobre a Verticalização da Produção no Oeste da Bahia foi apresentado pelo representante da equipe da FGV, Anderson Galvão, que falou sobre o diagnóstico do conceito logístico na região. De acordo com o estudo a tendência de crescimento da produção de algodão, em dez anos, recomenda que as soluções visem atender, prioritariamente, o mercado externo, a partir da Bahia. “O algodão permite um elevado grau de verticalização, é importante que o setor pare para avaliar as principais necessidades de investimentos e busque aprimorar a cadeia como um todo”, disse Anderson.
O evento também contou com a palestra do presidente da Codeba, José Rebouças sobre o panorama logístico da Bahia e os avanços no setor portuário. “Levar o algodão produzido na Bahia através do Porto de Salvador é uma ação pioneira. Este evento foi importante, pois mostramos uma boa opção para escoar a produção de algodão da Bahia para o resto do mundo e deixamos o convite para que os produtores da região conheçam as instalações do porto”, avaliou Rebouças. Para finalizar as apresentações o diretor executivo do Tecon, Demir Lourenço Júnior mostrou a nova realidade do terminal de contêineres de Salvador, e apresentou a expansão do porto, os investimentos dos últimos dez anos em tecnologia e informação, as vantagens competitivas e as estimativas de custo comparando o Porto de Santos com o Porto de Salvador. Após as palestras houve um espaço para debates acerca do tema.
Visitas para entender a demanda - Antes do evento os representantes da Codeba e Tecon visitaram a empresa Eisa Interagrícola e a Fazenda Santo Antônio, do Grupo Franciosi para conhecer a algodoeira e todo o processo de plantio, colheita e beneficiamento do algodão. O objetivo das visitas é estreitar o relacionamento com os exportadores do oeste da Bahia, conhecer a realidade local, entender melhor as demandas de logística no mercado e oferecer novas soluções para os exportadores da Bahia.
Fonte: Jornal Nova Fronteira/Cristiane Barilli | Ascom Abapa
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