A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, recebeu uma nova ordem de serviço da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) que atualiza as condições operacionais, aplicando o calado variável por condições de maré. Além disso, as condições de navegação diuturnas foram equalizadas, o que torna as janelas operacionais do terminal mais flexíveis e resulta em redução de custo para toda a cadeia logística e produtiva.
A ordem de serviço revisou o Capítulo 8 da norma, que estabelece os parâmetros dos navios para tráfego e permanência nos portos de Paranaguá e atualizou as condicionantes para acesso ao canal da Galheta e atracação de navios. Na prática, a nova norma estabelece calado em maré zero (medida da linha ou superfície da água até a quilha) de 11,3 metros, representando um aumento mínimo de 40 centímetros por operação.
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“A equalização do calado diurno e noturno no canal, bacia e berços dos portos do Paraná, era uma reivindicação antiga e muito relevante para a cadeia produtiva que demanda o segundo sistema portuário da América Latina. Sua realização tem impacto muito positivo para os negócios realizados, fazendo que sejamos um dos primeiros portos brasileiros aptos a receber os maiores navios que atuam no comércio exterior na América Latina”, explica Juarez Moraes e Silva, diretor Institucional da TCP.
Entenda
A atualização das condicionantes específicas para o canal da galheta e atracação de navios prevê que o calado máximo de navegação permitido é de 12,5 metros, observando algumas premissas. De acordo com o documento emitido pela APPA, para a altura de maré zero, o calado de referência é de 11,3 metros.
Com a definição, navios de até 245 metros de comprimento e 36 metros de boca podem carregar até atingirem calado de 12,5 metros. Já os navios com até 298 metros de comprimento e 45,2 metros de boca, podem carregar até atingirem 12,3 metros de calado.
Para os navios entre 299 e 368 metros de comprimento e até 51 metros de boca, a calado máximo atingido será de 11,8 metros. A expectativa da TCP é que os navios de contêineres saiam de Paranaguá carregados com no mínimo mais 160 contêineres por operação. Para o ano 2020, a estimativa é de que isso represente um aumento de 10% na movimentação total da TCP.