Empresa de soldagem em ligas especiais está de olho em clientes das áreas de petróleo, gás e naval e offshore
Achegada de empresas das áreas de petróleo, gás, naval e offshore a Pernambuco abre um novo nicho de mercado: o de soldagem em ligas especiais. De olho nesse potencial, o grupo carioca WD estuda a instalação de uma filial no estado para melhor atender a seus clientes. A WDM Montagem, especializada em serviços de montagens industriais e capacitação de soldadores, já presta serviços ao Estaleiro Atlântico Sul e quer ampliar sua área de atuação.
Estaleiro Atlântico Sul já é atendido pela WDM Montagem, que pretende ampliar sua atuação em Pernambuco Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press - 27/1/11
´Pernambuco é uma estrela para esse mercado. Estamos fazendo investimento em pessoal de apoio para montar uma filial no estado`, diz o diretor Gabriel Pinton. Ele conta que o WD Group já chegou a ter uma estrutura no Recife que foi desmobilizada por questões operacionais. ´Preferimos instalar nossa base dentro do próprio estaleiro, em Suape, mas temos interesse em abrir uma filial o quanto antes. Já temos um gerente e um preposto trabalhando no Recife`.
A filial dependerá apenas da evolução dos negócios, dada como certa.Para o EAS, a WDM faz soldagem em inconel 625, uma liga especial feita de níquel, cromo e molibdênio, para o casco da plataforma P-55, encomendado pela Petrobras. ´Estamos fazendo soldagem em inconel para o hard pipe da P-55, uma enorme tubulação que leva o óleo cru até a planta de processamento`, explica Gabriel.
Partes dessa tubulação estão sendo soldadas e montadas em um galpão da WD inaugurado em fevereiro deste ano no bairro do Bonsucesso, no Rio de Janeiro. A estrutura, que recebeu investimento de R$ 5 milhões, possui uma ´sala limpa` com equipamentos da austríaca Fronius. A capacidade é de 50 toneladas mensais em montagem de tubulações. ´No Brasil, as empresas especializadas em soldagem de ligas especiais produzem para si mesmas. Estamos oferecendo esse serviço ao mercado`, completa Gabriel Pinton.
A soldagem tradicional trabalha com o aço carbono. Já a soldagem de ligas especiais opera em materiais como cobre, alumínio, inox, inconel, duplex e superduplex. No galpão da WD no Rio são cerca de 20 pessoas trabalhando com essas ligas, entre soldadores, montadores e ajudantes. ´É uma soldagem mais criteriosa, os equipamentos são diferenciados e a mão de obra é melhor remunerada`.
O WD Group está há nove anos no mercado e já fez vários trabalhos para a Petrobras. São três empresas: a WDM, a WDT Engenharia (especializada em inspeção de soldagem e controle de qualidade) e a WDR (especializada em radiologia e gamagrafia industrial). Em 2010, o grupo faturou R$ 30 milhões e prevê para este ano um crescimento de 30%. ´O mercado está crescendo como um todo. Não apenas na área de petróleo e gás, mas também na indústria pesada e na siderurgia`, observa Gabriel Pinton.
Fonte: Diário de Pernambuco (PE)/Micheline Batista
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