DE SÃO PAULO - Estivadores no porto de Santos, principal complexo portuário do Brasil e o maior da América do Sul, iniciaram uma paralisação na manhã desta quarta-feira para protestar contra a reforma portuária recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.
Por volta das 7h30, grupos de grevistas partiram a pé da avenida Mário Covas em direção à alfândega. Segundo a Guarda Portuária, os navios estão atracados, mas os estivadores estão parados no cais.
Estivadores já protestavam na entrada do porto ontem (9), dia de feriado no Estado de São Paulo, o que resultou em um engarrafamento de 3 quilômetros na rodovia que leva ao porto, informou a concessionária Ecovias, responsável pela estrada.
A Associação Nacional dos Estivadores, em Brasília, disse que os trabalhadores de outros portos decidiram contra a greve no dia 10 de julho e se juntariam, em vez disso, a uma variedade de categorias no Brasil que planejam uma greve geral em 11 de julho, mas o sindicato de Santos pretende ir adiante com a greve um dia antes.
Os trabalhadores portuários temem que o movimento para privatizar terminais portuários, nos termos da legislação aprovada pelo Congresso em 16 de maio, possa levar a uma perda de postos de trabalho e benefícios, porque os operadores privados não seriam mais obrigados a contratar através da agência central, "Ogmo".
Eles dizem que o Embraport -- um novo terminal privado de contêineres avaliado em US$ 1,2 bilhão, erguido na margem esquerda de Santos e de propriedade da Odebrecht Transport, DP World dos Emirados Árabes Unidos e da companhia de comércio Coimex, não está contratando através da Ogmo.
Fonte:Valor Econômico.
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