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Estudo da OCDE destaca potencial do RJ na Economia Azul

O novo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica que o Rio de Janeiro está se consolidando como uma das principais potências na chamada Economia Azul. Esse conceito refere-se ao uso sustentável dos recursos aquáticos e marítimos para promover desenvolvimento econômico, preservação ambiental e geração de empregos. A prévia do estudo foi apresentada durante o evento 'Green Rio 2024', realizado na Marina da Glória entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, onde o Rio foi oficializado como um polo emergente para a Economia Azul no Brasil e na América Latina.

De acordo com a OCDE, a economia do mar no Rio de Janeiro representa 9,74% do PIB estadual, movimentando cerca de R$ 242,1 bilhões anuais e empregando mais de 301 mil trabalhadores formais. A entidade destaca os avanços nas iniciativas de despoluição da Baía de Guanabara e no saneamento da região metropolitana, que integram o programa 'Guanabara Azul'. Essa iniciativa estadual fomenta parcerias entre municípios para captar recursos e desenvolver projetos de inovação e sustentabilidade nas áreas costeiras.


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Com a expectativa de que o setor costeiro global atinja cerca de US$ 3 trilhões até 2030, o relatório também prevê que a adesão de indústrias, comércio e serviços a práticas sustentáveis deverá amplificar os benefícios socioambientais, impactando diretamente a população da região litorânea, que corresponde a aproximadamente 80% da população do estado. O tema da Economia Azul será um dos principais focos do próximo encontro do G20, a ser realizado no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, com discussões sobre preservação e recuperação dos oceanos. O estudo completo da OCDE será publicado próximo ao evento, trazendo novas perspectivas para o crescimento da economia marítima no Rio.

Entre as próximas ações do governo estadual para impulsionar a Economia Azul estão a implementação de uma política pública de Economia Azul, com mapeamento de indicadores econômicos e sociais, gestão integrada das águas, criação de um fundo para a preservação dos ecossistemas aquáticos e programas educativos para incentivar uma cultura oceânica sustentável e inclusiva. A subsecretária de recursos hídricos e sustentabilidade do estado do Rio de Janeiro, Ana Asti, havia antecipado o potencial do Rio para a Economia Azul durante o Fórum Massy Comexlog, realizado em 3 e 4 de outubro no Píer Mauá.

Para Bruno Barbeito, diretor-presidente da trading Massy, a perspectiva é de que o relatório da OCDE represente um salto econômico para o estado, considerando a infraestrutura portuária e a posição estratégica do Rio para o comércio exterior. “O uso inteligente e responsável desses recursos é fundamental para transformar o nosso estado em referência nacional e internacional na economia dos oceanos," afirmou Barbeito.






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