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Estudo vai listar gargalos e soluções para área logística

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) deverá concluir até junho estudo que identifica os gargalos na infraestrutura, transporte e logística do Rio Grande do Norte e de todos os estados nordestinos. O objetivo é tornar os estados mais competitivos.
Alberto LeandroGirard, da consultoria que realiza o estudo: levantamento vai mostrar que investimentos são necessáriosGirard, da consultoria que realiza o estudo: levantamento vai mostrar que investimentos são necessários

A pesquisa, chamada de Nordeste Competitivo, avalia a condição das rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e indica que projetos deverão ser priorizados dentro e fora do estado. A primeira fase do estudo, ainda sem dados conclusivos, foi apresentada ontem, na sede da Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (Fiern). A Macrologística, consultoria paulista contratada pela CNI, analisa, no momento, que rodovias e ferrovias deverão receber novos investimentos. A lista de 'eixos' que deverão ser estudados ainda não foi fechada. Representantes dos setores produtivos do RN propuseram incluir Mossoró e Natal na rota da ferrovia Transnordestina. A conexão seria feita a partir de Salgueiro, na Paraíba. A ideia seria exportar mercadorias produzidas nos estados vizinhos através do porto de Natal.

Olivier Girard, diretor da consultoria, acatou a sugestão, mas explicou que o trecho só será construído se a relação 'custo-benefício' for positiva. A CNI só indicará no estudo projetos que exigem baixo investimento e trazem alto retorno (em termos de redução de custos).

Para Hanna Safieh, diretor técnico da Companhia Docas do RN (Codern), que também participou da reunião, mais importante que interligar o RN a outros estados, porém, é interligar os centros de produção ao porto de Natal, principal centro de escoamento do estado. "Se não resolvermos isso, o RN continuará dependente dos portos vizinhos". Girard concordou com Safieh: "Sem microeixos (equipamentos que liguem centros de produção e escoamento dentro do estado), macroeixos não vão resolver nada". Para Emerson Fernandes, ex-presidente da Codern, incluir o estado na rota da Transnordestina não tornará o estado independente. Ações como essa, diz ele, apenas facilitariam a saída da produção potiguar por estados vizinhos.

A saída, segundo Safieh, seria construir um novo porto na margem esquerda do Potengi, aprofundar ainda mais o 'calado' do rio e construir 450km de ferrovia. A proposta foi, entretanto, desconsiderada por Olivier Girard. O objetivo da confederação, segundo ele, é priorizar projetos que interliguem os estados nordestinos e não cidades dentro de um mesmo estado.

A questão da concorrência, vilã para a indústria têxtil, de confecções e a do sal, por exemplo, ficou de fora do estudo. Mas incomoda. O sal chileno, que entra no país com preço bem abaixo do praticado em mercado e concorre com o potiguar, já detém 20% do mercado nacional, alerta Airton Torres, presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal.

Codern vai discutir saídas com fruticultores

O diretor-presidente da Codern, Pedro Terceiro de Melo, se reúne hoje, em Mossoró, com os fruticultores. O objetivo é identificar os gargalos que inviabilizam o escoamento da produção pelo porto de Natal. A reunião foi agendada após o Sebrae divulgar estudo mostrando queda nas exportações, sobretudo de frutas, pelo porto de Natal. Atualmente, cerca de 70% do melão produzido no RN deixa a região Nordeste pelos portos do Ceará, de acordo com Francisco de Paula Segundo, presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), em entrevista à Tribuna do Norte em novembro. Do total exportado pelo estado em 2011, 28% (menos de 1/3) deixou o RN pelo porto de Natal, segundo a própria Codern.

Enquanto CNI levanta problemas e busca soluções a médio e longo prazo, Melo busca alternativas urgentes junto ao grupo japonês Real, formado por Grupo Real Frutas, CY Matsumoto e CTM Agrícola, Agro Oriente Exportação e Imp.Ltda., Cris Fruta e Grupo Irikita, e o Coopyfrutas (Cooperativa dos Fruticultores da Bacia), composto pela Norfruit Nordeste, Dina Dinamarca Ind. Agrícola, Agrícola Bom Jesus e Sítio Jardim l, que participam da reunião em Mossoró. Paulo Cabral, da Mata Fresca, Francisco Vieira da Costa, membro do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), e Francisco de Paula Segundo, do Coex, também participam.

O objetivo da Codern, afirma Terceiro, é fazer com que as frutas, que estão entre os principais produtos exportados pelo RN, sejam novamente exportadas via Porto de Natal. O resultado da reunião será levado ao conhecimento da governadora Rosalba Ciarlini, em audiência agendada para o final de março.

Fonte: Tribuna do Norte (RN) Natal






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