Um sonho antigo e necessário para o desenvolvimento sustentado de Mato Grosso está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Esta semana o Ministério dos Transportes autorizou a inclusão, no PAC 2, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) das hidrovias Teles Pires – Tapajós e Juruena - Tapajós, com início ainda este ano. Serão investidos aproximadamente R$ 13 milhões nos estudos, necessários para avaliar e conhecer de fato todas as viabilidades de exploração das duas hidrovias. Além do EVTEA, o ministério autorizou também para este ano o início das obras de dragagem, derrocagem e sinalização no rio Tapajós no trecho entre Santarém a Miritituba e a construção do porto público em Miritituba.
De acordo com o presidente do Movimento Pró-Logística e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Glauber Silveira, a autorização das obras e dos estudos representam uma vitória do movimento. “Sempre se falou muito da importância destas duas hidrovias, mas somente com os estudos saberemos ao certo quais as vantagens, sem ‘achismo’, e poderemos traçar um plano de exploração”.
As hidrovias irão ligar as regiões Centro Norte e Noroeste de Mato Grosso até os portos do Pará (Santarém e Belém), agilizando e desonerando o escoamento da produção agropecuária dessa região. A hidrovia TelesPires – Tapajós sai de Sinop e chega até Santarém, com 1.576 km de extensão. Já a hidrovia Juruena, Arinos – Tapajós sai de Porto de Gaúchos até Santarém e também tem aproximadamente 1.500 km.
"Os problemas de logística têm impedido Mato Grosso de crescer e tornou o escoamento um peso no bolso dos produtores. O investimento no setor modal é um importante passo para o desenvolvimento sustentável do estado, que tem uma produção agropecuária competitiva, mas que se perde pelo caminho quando precisamos tirá-la de Mato Grosso, exatamente pela carência de investimentos em logística”, ressaltou Silveira.
O coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, afirmou que com a conclusão da BR 163 e com a construção do porto de Miritituba o custo com logística sofrerá uma considerável redução. “Só com a conclusão da 163 o produtor conseguirá economizar algo em torno de R$ 2,00 por saca de soja, com os estudos e as hidrovias em exploração esse valor pode chegar a R$ 6 por saco de soja, por produção”.
Fonte:Olhar Direto
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