A falta de investimentos em planejamento e de realização de obras de infraestrutura no setor de transportes comprometem o desenvolvimento da economia paranaense. Além dos problemas das rodovias, o Estado ainda carente de investimentos nos portos e ferrovias.
Ontem, o assunto foi tema de um encontro na sede do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), onde foram discutidas questões relativas ao Plano Estadual de Logística e Transporte para o Estado do Paraná (PELT 2020).
O PELT 2020 tem como objetivo apontar as intervenções consideradas estratégicas para o desenvolvimento do Estado. No setor portuário, foi destacado o atraso do Paraná em relação ao estado vizinho de Santa Catarina, que conta com os portos de Itajaí, São Francisco do Sul, Navegantes e Itapoá, que deve ser inaugurado em breve.
"Nos últimos anos, houve erro nas diretrizes de comando da parte portuária do Paraná, o que fez com que diversas operações deixassem de acontecer no Estado, e passassem a ser realizadas em Santa Catarina. Lá, só o porto de Itajaí recentemente triplicou seu movimento de carga. Enquanto isso, o Paraná tem o Porto de Paranaguá bastante desestruturado e o de Antonina fora de operação", disse o coordenador do grupo de trabalho de transporte do CREA-PR, Paulo Nascimento.
Ferroviário
Sobre o transporte ferroviário, Paulo comentou que, no Paraná, existem trechos de ferrovia e não uma ferrovia constante, com começo, meio e fim. Isto faz com que o Estado fique muito dependente do modal de transporte rodoviário, que é mais caro e poluente. "O Paraná não tem um projeto estratégico para ferrovias. Em função disso, acaba tendo uma série de prejuízos".
Fonte: O estado do Paraná/Cintia Végas
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