Porto Sudeste terá movimentação inicial de até 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano
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As obras civis do porto Sudeste estão em fase final de construção. Em agosto, foram concluídas as obras civis no trecho marítimo da unidade, localizada em Itaguaí (RJ). A MMX, responsável pelo empreendimento, iniciou a montagem dos equipamentos portuários. O porto Sudeste, cujas obras tiveram início em julho de 2010, será um terminal portuário privativo de uso misto, dedicado à movimentação de minério de ferro. A expectativa da MMX é que o porto entre em operação no segundo trimestre de 2013.
O porto Sudeste ocupará uma área de 60 hectares e terá capacidade para movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Numa segunda fase, esse limite poderá ser expandido para até 100 milhões de toneladas/ano. O empreendimento, na Baía de Sepetiba (RJ), irá escoar a produção do sistema sudeste da MMX e de outros produtores de minério de ferro do quadrilátero ferrífero de Minas Gerais.
Uma das próximas etapas do cronograma será o descarregamento e a interligação de dois carregadores de navios que virão montados da China, de fabricação da ZPMC. Segundo a MMX, os equipamentos estão em fase final de inspeção e preparação para serem despachadas para o Brasil. As carregadeiras possuem capacidade para embarcar 12 mil toneladas de minério de ferro por hora.
Nos próximos meses, também serão descarregadas as peças das empilhadeiras recuperadoras que virão da Espanha. Em seguida, será iniciada a montagem mecânica destes equipamentos. O porto Sudeste terá quatro empilhadeiras recuperadoras, cada uma delas pesando 1.600 toneladas e com capacidade para movimentar 12 mil toneladas de minério de ferro por hora.
As obras de infraestrutura e de montagem eletromecânica dos viradores de vagões no pátio destinado à estocagem de minério estão em estágio avançado. Os equipamentos adquiridos da ThyssenKrupp descarregarão os trens que transportarão o minério de ferro vindo de Minas Gerais. No mesmo pátio estão sendo construídas as bases para as correias transportadoras e as casas de transferência. No pátio 32, também de estocagem de minério, as obras de nivelamento e preparação para a construção das bases dos equipamentos estão em execução, segundo a MMX. As transportadoras levarão o minério de ferro até os navios num trajeto de 12 quilômetros de extensão. O túnel que interliga os pátios de estocagem à estrutura marítima também está concluído. A ligação possui 1,8 quilômetro de extensão, com 11 metros de altura e 20 metros de largura.
No acesso terrestre, está sendo feita a terraplanagem para construção de uma ponte no trajeto do ramal ferroviário, que ligará a ferrovia da MRS Logística aos pátios de estocagem do porto. No mesmo trecho, também está sendo realizado o estaqueamento de uma ponte rodoviária sobre o rio Cação.
O porto Sudeste é uma estrutura fundamental para o sistema de logística integrada da MMX. O terminal está próximo à linha ferroviária da MRS Logística, permitindo que o minério produzido no sistema sudeste da mineradora, em Minas Gerais, seja transportado até o litoral fluminense e de lá siga para clientes transoceânicos.
O porto terá 20 metros de profundidade e dois berços de atracação de navios, capazes de receber embarcações do tipo capesize. A estrutura conta ainda com ramal ferroviário de 2,3 quilômetros, dois pátios de estocagem com capacidade para 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao todo, além de prédios administrativos e operacionais.
A estrutura marítima do porto Sudeste contará com duas pontes — uma com 430 metros de extensão e outra com 270 metros, além de uma plataforma entre as duas pontes e um píer com 765 metros de comprimento com dois berços para atracação e carregamento simultâneo de navios.
A MMX investe R$ 2,4 bilhões na construção do porto Sudeste, com recursos do Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa de investimentos da MMX inclui um projeto, em parceria com a prefeitura de Itaguaí, para revitalização do acesso à Ilha da Madeira.
As obras contemplam a nova estrada Joaquim Fernandes, a revitalização dos principais acessos rodoviários e a reforma de quiosques e estruturas da orla da ilha. A nova estrada Joaquim Fernandes, principal acesso à Ilha da Madeira, foi concluída e possui 1,8 quilômetros de extensão. A revitalização da orla prevê a instalação de quiosques, áreas de lazer, novos acessos e nova área de ciclovia em um trecho de quase quatro quilômetros de orla. A MMX também investirá R$ 20 milhões na construção do Centro Cultural de Itaguaí. A área, voltada para eventos esportivos, culturais e de lazer, contará com praça e palco para shows, academia, quadras poliesportivas, praça de alimentação, teatros e ciclovias.
Para a segunda fase do porto Sudeste, na qual o empreendimento poderá duplicar a capacidade operacional, passando para 100 milhões de toneladas/ano, o processo de licenciamento ambiental está em andamento. Já foram realizadas audiências públicas em Itaguaí e Mangaratiba. A empresa aguarda o parecer do órgão ambiental para a concessão da licença prévia (LP) referente à expansão.