O presidente da Fiemt (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso), Jandir Milan, reiterou hoje o compromisso da entidade em respaldar todas as ações do governo Silval Barbosa relacionadas à solução dos problemas de logística. Segundo ele, no mês que vem, as federações das indústrias dos nove estados que compõem a Amazônia Legal se reunirão em Brasília, junto com os governadores e as bancadas federais, para apresentar os dados de um estudo inédito chamado "Projeto Norte Competitivo".
"Esse estudo mostra que são necessários R$ 14 bilhões para se eliminar os gargalos que prejudicam a competitividade na região. Atualmente, por ano, o chamado ‘custo logístico' da região é de aproximadamente R$ 17 bilhões. Se todos os investimentos forem feitos, esse valor poderá cair para R$ 1 bilhão", afirmou Milan. Segundo ele, a projeção é de quem, em cinco anos, será possível reduzir esses gargalos com um programa adequado de investimentos.
O presidente da Fiemt disse que já esteve reunido com o secretário Francisco Vuolo, da recém-criada Secretaria Extraordinária de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes. "A conversa foi muito boa e já definimos uma estreita parceria para não só mapear, mas também fazer todas as gestões necessárias. No mês que vem, inclusive, iremos entregar formalmente o estudo realizado pela Fiemt ao governador Silval Barbosa", afirmou.
Segundo Milan, o estudo levou mais de um ano para ser concluído e traz alternativas viáveis de investimentos - a curto e médio prazos - para garantir competitividade no mercado internacional, principalmente em relação à redução do frete. As soluções estão sendo levadas a cada um dos estados que integram a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
Balança comercial
"Esses dados colocam fim ao 'achômetro'. Os resultados estão sedimentados sobre critérios técnico e científicos e mostram, claramente, o que deve ser feito em cada um dos eixos. Cabe agora aos nove estados mobilizar suas bancadas federais e governos estaduais para obtenção dos recursos necessários. Queremos agir em bloco, como sempre fizeram o Sudeste e o Nordeste. Vamos cobrar a contrapartida nacional de toda contribuição que damos ao superávit da balança comercial", disse.
Milan argumentou que Mato Grosso contabilizou, até outubro passado, o terceiro maior superávit da balança comercial no Brasil: US$ 6,5 bilhões. O valor é a diferença entre as cifras exportadas e importadas. Minas Gerais lidera com saldo de US$ 16 bilhões, seguido do Pará com US$ 9 bilhões. "O Brasil fechou a balança comercial de 2010 com saldo de US$ 20 bilhões. Se somarmos o superávit do Pará e de Mato Grosso, dois estados considerados periféricos, quase que garantimos o resultado de um país. E é essa a moeda de troca que temos a oferecer à União para provocar investimentos em logística e ampliar a capacidade de transporte da Amazônia Legal", afirmou.
Fonte:Midia News/Lenine Martins - Secom MT
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