A Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), idealizadora do Projeto Norte Competitivo, lançará amanhã, em sua sede este projeto adotado pela Ação Pró-Amazônia, da Confederação Nacional da Indústria, e que visa promover a revolução logística da região amazônica. Pela primeira vez, surge um estudo aprofundado indicando quais são os eixos de integração de transportes e as obras prioritárias demandadas para dar maior competitividade à região.
O Projeto Norte Competitivo aponta quais são os nove eixos de integração prioritários que permitirão reduzir os custos logísticos da Amazônia Legal, aumentando a competitividade da região. Para viabilizar o desenvolvimento desses eixos principais, são necessários investimentos da ordem de R$ 14,1 bilhões.
A estimativa de economia no custo de logística total da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantis), que atualmente está em R$ 17 bilhões e que chegará em R$ 33 bilhões com o volume de produção previsto para 2020, alcançará R$ 3,8 bilhões anuais. Ou seja, o investimento total previsto se pagaria em menos de quatro anos com as economias obtidas.
No curto prazo, o “Norte Competitivo” listou 34 projetos prioritários. Da lista dos eixos de integração estão: a melhoria na BR-364 (que surge em São Paulo, cortando os Estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre) e que prevê investimento de R$ 782 milhões; melhoria na Belém-Brasília (R$ 244 milhões); pavimentação e terraplanagem da BR-163 (R$ 1.363); a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (R$ 2.762 bilhões); ampliação da Ferrovia Ferronorte até Lucas do Rio Verde – MT (R$ 2.512 bilhões); e melhorias na Hidrovia do Madeira (R$ 464 milhões).
Além das obras de melhoria e ampliação dos modais já existentes na região, o Projeto Norte Competitivo também sugere a criação de novos eixos de integração. Dentre eles: a Hidrovia do Juruena/Tapajós (R$ 2.879 bilhões); Hidrovia do Paraguai/Paraná (R$ 255 milhões); e Hidrovia do Tocantins (R$ 4.102 bilhões).
Com a lista de projetos prioritários para a região amazônica, os Estados deverão procurar seus representantes políticos e os novos governantes para apresentar o estudo e a ideia de integração e competitividade para a Amazônia. “O Norte Competitivo deverá ser apresentado às bancadas de cada um dos Estados, além, é claro, dos nossos governantes e para a presidenta Dilma Rousseff. Esperamos que estes projetos saiam do papel. Será apenas desta forma que a Amazônia, que já tem uma potencialidade natural fabulosa, despontará economicamente, gerando desenvolvimento não só para a região, mas para o Brasil como um todo”, afirma o presidente da Fiepa, José Conrado Santos.
(Fonte: Diário do Pará)
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