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Fila de embarque para exportação nos portos deve ir até setembro

SÃO PAULO - Com uma fila de mais de 450 caminhões no Porto de Santos (SP) e aproximadamente 150 veículos no Porto de Paranaguá (PR), diversos importadores brasileiros de açúcar reclamam que o sistema logístico do País está criando uma situação complicada para o escoamento de cargas. Em meio a isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) firmou na última sexta (30), um termo aditivo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), para garantir novos prazos com vistas ao cumprimento das exigências para obtenção do licenciamento ambiental dos portos.
Com previsão de desembarcar mais de 13 mil toneladas no Porto de Santos, e com previsão de embarque para exportação somente em setembro, o diretor comercial da empresa Açúcar Guarani, Paulo José Mendes Passos, acredita que por conta desse gargalo os fretes subiram 15% nos últimos meses. "Existe hoje uma forte demanda por açúcar brasileiro que, vinculada a uma deterioração das condições logísticas, cria uma situação complicada para a exportação. Os caminhões ficam presos nas filas mais tempo que o normal o que acaba criando um gargalo porque outras commodities, como o milho, também precisam chegar ao porto via rodoviária. O resultado é um aumento do frete em cerca de 15% nos últimos meses", disse ele.
Contudo, algumas empresas estão tentando usar alternativas intermodais para fugir dos gargalos logísticos; entretanto, o diretor comercial do Grupo São Martinho, Helder Gosling afirmou que o problema portuário afeta inclusive as ferrovias. "Não há muitos vagões disponíveis para o transporte de açúcar porque muitos estão presos no porto. O problema de escoamento do porto afetou até as ferrovias", garantiu ele.
Licença ambiental
Diante deste cenário, o Ibama e a Appa firmaram um termo aditivo, com intuito de garantir novos prazos para o cumprimento das exigências para obtenção do licenciamento ambiental dos Portos de Paranaguá e de Antonina, no Paraná. Com isso, a licença de operações dos portos públicos do Paraná deve ser conquistada nos próximos 4 meses. O documento para o acordo foi assinado pelo presidente do Ibama, e pelo superintendente da Appa.


Fonte: DCI/Daniel Popov/Agência Estado






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