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Fila no porto se mantém, com 128 navios

A fila de navios para atracar no Porto de Paranaguá continua sendo motivo de dor de cabeça para as empresas que operam no terminal. E a culpa não pode ser mais atribuída à greve da Anvisa ou mesmo ao mau tempo, mas sim aos velhos problemas operacionais, como o baixo calado e os equipamentos obsoletos, que sofrem diante de uma alta inesperada de demanda.

Os certificados de livre-prática da Anvisa – que permitem a entrada e a saída de pessoas a bordo dos navios e o abastecimento das embarcações – estão sendo emitidos desde o último 22, após determinação judicial que obrigou o posto da Agência em Paranaguá a manter um efetivo mínimo necessário para a liberação dos navios. Ainda assim, ontem (2) à tarde, 128 navios esperavam ao largo do porto.

O mercado de fertilizantes é o mais afetado pela espera. Devido à alta do dólar, as empresas do agronegócio paranaense retardaram a compra do produto, que teve queda de 14% na movimentação no primeiro semestre de 2012 em relação a igual período do ano passado. Com a necessidade do material chegar ao campo até, no máximo, setembro, no entanto, as encomendas começam a ser retomadas e já registram um aumento de 28% do primeiro para o segundo trimestre. Com isso, pelo menos 56 navios carregados de fertilizantes estão ao largo dos portos de Paranaguá e Antonina – um deles, o Allegra, está no litoral há quase 90 dias.

De acordo com o diretor comercial da fabricante de fertilizantes Penínsola, Erick de Oliveira Santos, a antecipação da safra da soja fez com que cerca de 80% dos

pedidos do ano fossem feitos em março e abril. “Com o aumento abrupto da compra de fertilizantes nestes meses, criou-se um gargalo de navios para julho e agosto. Nossa preocupação é que o produto não chegue ao campo em tempo”, disse.

Com a pressão do mercado, os problemas “crônicos” do Porto de Paranaguá - baixo calado, falta de dragagem de manutenção e equipamentos ultrapassados – vêm à tona. Dos três berços do terminal destinados à atracação de fertilizantes, dois são públicos. Um deles, o berço 209, no entanto, tem baixo calado. Muitas vezes é necessário parar em outro berço, o 211, para depois seguir para o 209, ou mesmo para Antonina –terminal que chegou a ficar 50 dias parado neste ano pelo rebaixamento do calado.

Para tentar desafogar a descarga de fertilizantes e acabar com o retrabalho dos navios, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) colocou à disposição mais um berço, normalmente destinado às cargas gerais.

Além da grande demanda de fertilizantes, a exportação de soja foi 25% maior no primeiro semestre de 2012 que em 2011 e passou de 5 milhões de toneladas. Com o dólar alto e a seca nos Estados Unidos, a saca da soja chegou a ser comercializada a R$ 80 em Paranaguá, recorde histórico.

O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, atribui a fila de navios em Paranaguá às condições adversas da demanda. “Este acúmulo da demanda reprimida [de fertilizantes] levou a uma movimentação bem maior nos portos brasileiros e Paranaguá, por ser o principal porto importador de fertilizantes do Brasil, sentiu isso de forma mais acentuada”, explica.

Fonte: Gazeta do Povo/PR / Oswaldo Eustáquio






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