As obras do Oceanário Brasil, que ficará localizado no balneário Cassino, em Rio Grande, devem começar em até dois meses. De acordo com o reitor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), João Carlos Cousin, a projeção é de que até o final de 2013 a estrutura inicie suas atividades.
O dirigente explica que a iniciativa trata-se de um complexo científico e tecnológico. O Oceanário deve absorver um investimento de aproximadamente R$ 140 milhões com recursos do governo federal. A estrutura contará com informações, imagens, espécimes vivos, entre outras atrações, como uma torre mirante e um teleférico que ligará o Oceanário à praia. "Vamos procurar retratar as grandes regiões do País, contemplando vários ecossistemas", ressalta o reitor.
Cousin foi um dos palestrantes do Congresso Internacional Navegar 2011 encerrado na sexta-feira, em Porto Alegre. Outro participante foi o chefe de divisão da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Juarez Jeffman, que disse ser possível conciliar o licenciamento ambiental e crescimento econômico.
No caso da região de Rio Grande, uma série de estudos de impactos ambientais foi realizada para a instalação do porto e por isso já foram acumuladas várias informações sobre as condições da localidade. Uma das companhias que têm interesse em expandir suas atividades no município e esperam a autorização para realizar essa ação é a Quip (responsável pela construção de plataformas de petróleo). Hoje à tarde, o presidente da Fepam, Carlos Fernando Niedersberg, e o superintendente do Ibama no Estado, João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, assinam termo de delegação de competência para o licenciamento ambiental da ampliação da empresa, no Porto Novo. O documento permitirá à Fepam a análise do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e também a emissão da licença.
Outro empreendimento que espera a licença de instalação é o terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) do grupo Bolognesi. O superintendente do porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, diz que o local para instalar o complexo ainda está sendo estudado.
O setor de energia renovável também foi um dos temas abordados na Navegar. O presidente do Comitê Estratégico de Energia da Amcham-Porto Alegre (Câmara Americana de Comércio), Luiz Cruz Schneider, lembrou o resultado positivo dos últimos leilões de energia, realizados em agosto, que viabilizarão mais 624,4 MW eólicos no Estado. Ele adianta que será necessário reforçar a rede de transmissão para suportar o aumento de carga elétrica previsto. O diretor da Gaia Energia e Participações, Roberto Sattamini, concorda que o futuro é promissor para fontes como a eólica e frisa que o plano decenal de expansão de energia da União prevê um grande crescimento na área de energias renováveis.
Fonte: JC RS
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