Portos brasileiros movimentaram 245,8 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2013 — Os portos organizados e terminais privados brasileiros movimentaram 245,8 milhões de toneladas brutas no terceiro trimestre de 2013, segundo o boletim de desempenho portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O resultado representou um crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2012.
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Um dos destaques no terceiro trimestre de 2013 foi a movimentação de granéis sólidos, que totalizou 156 milhões de toneladas brutas, crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De julho a setembro de 2013, foram movimentados 54,1 milhões de toneladas de granéis líquidos, 1,8% acima ao montante deste tipo de carga movimentado no mesmo período de 2012.
No segmento de carga geral solta, foram movimentados 10,8 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2013, redução de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A movimentação de contêineres somou 2,2 milhões de TEUs, o que representa um incremento de 4,9% em relação ao igual período de 2012. Em termos de peso bruto, a movimentação de contêineres atingiu a marca de 24,8 milhões de toneladas no trimestre.
Com a forte demanda chinesa, a soja influenciou o crescimento no período, com alta de 51,7% frente a igual trimestre de 2012, movimentando 4,3 milhões de toneladas. Já a movimentação de minério de ferro, outro destaque entre as mercadorias, apresentou um incremento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2012, com um acréscimo de 4,1 milhões de toneladas movimentadas. A China respondeu por 50,2% das vendas externas de minério de ferro brasileiro, no período julho/setembro de 2013.
No terceiro trimestre de 2013, as variações negativas no comparativo trimestral foram observadas para o carvão mineral (-22,6%), açúcar (-7,3%), fertilizantes e adubos (-6,8%) e bauxita (-5,5%).
A movimentação de cargas na navegação de longo curso foi responsável por 75,2% do total de cargas movimentadas pelas instalações portuárias no período. Em seguida, ficaram a cabotagem, com 20,7%, navegação interior (3,7%) e outros tipos de navegação (apoio portuário e marítimo) com, aproximadamente, 0,4%. Quanto à movimentação de contêineres, a cabotagem apresentou um crescimento de 25,2%, seguida pela navegação de longo curso, que apresentou um crescimento de 5,8% no comparativo trimestral.
Os terminais de uso privativo (TUPs) foram responsáveis pela maior parte da movimentação das cargas no terceiro trimestre, com 62,6%, contra 37,4% dos portos organizados, de acordo com o boletim de desempenho portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os TUPs movimentaram 153,8 milhões de toneladas brutas no terceiro trimestre de 2013, o que representou um crescimento de 1,9% frente ao mesmo período de 2012. Os dez principais terminais concentraram 72,7% das cargas movimentadas nos terminais privados.
Os terminais CVRD Tubarão, Ponta da Madeira, Almirante Barroso, MBR, Almirante Maximiano da Fonseca e Madre de Deus conseguiram os melhores resultados. As principais cargas movimentadas pelos TUPs foram minério de ferro, combustíveis e óleos minerais, bauxita, soja, carvão mineral e produtos siderúrgicos.
No mesmo período, os portos organizados movimentaram 92 milhões de toneladas de carga bruta, expansão de 5,9% em relação ao mesmo trimestre de 2012. Os destaques foram os portos de Itaguaí, que registrou um incremento de 1,8 milhões de toneladas, Santos, (1,5 milhões de toneladas) e Rio Grande (1,2 milhões de toneladas).
Em contrapartida, os portos de Itaqui (MA) e Vila do Conde (PA), apresentaram queda na sua movimentação no terceiro trimestre de 2013, comparando ao igual período de 2012, com redução na movimentação de 0,5 milhões e 0,4 milhões de toneladas, respectivamente.
O porto de Santos movimentou 27,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2013 e foi o destaque dentre os portos organizados. O crescimento da movimentação de soja (57,7%), de combustíveis e óleos minerais (25,3%) e de contêineres (5,3%) contribuiu para esse resultado.
— Em parte, o desempenho dos principais portos é reflexo das oscilações, positivas e negativas, dos mercados de algumas mercadorias, cujas participações são expressivas em determinados portos — explicou o gerente de estudos e desempenho portuário da Antaq, Fernando Serra.