A chegada da fábrica da Fiat é mais um marco no processo de reindustrialização de Pernambuco. “Ao lado da montadora italiana, vão vir dezenas de outras empresas que irão ajudar esta unidade a ser a de maior competência de todo o globo”, afirmou o governador do Estado, Eduardo Campos. Segundo ele, a indústria pernambucana teve origem com a produção do açúcar, se expandiu para o mercado de têxtil e, pouco depois, caiu no esquecimento, sendo retomada agora.
“A decadência foi por conta de um Brasil que não cresceu e de políticas sem que o povo participasse. Hoje temos pólos diversificados que marcam o renascimento da indústria. Em quatro anos, o Porto teve duas vezes o que foi investido em 30 anos. Temos investimentos cujo valores correspondem a mais de sete vezes os que chegaram ao Estado em sete anos. A implantação da Fiat torna o Porto de Suape ainda mais competitivo e atraente para outras empresas”, ressaltou.
Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), na década de 1960, o número de metalúrgicos caiu de 60 mil para 11 mil. “Agora, vemos esse cenário mudar e o número de empregos aumentar. Hoje já contamos com 30 mil empregados”, contabilizou o presidente do Sindmetal-PE, Alberto dos Santos.
Conforme Santos, os trabalhadores do ramo estavam sem ânimo desde o fechamento da fábrica da Philips, no mês passado. “Estávamos sofrendo com os trabalhadores que foram colocados para fora e agora temos esta boa notícia. Para os empreendedores, este pode ser apenas mais um empreendimento. Para nós, é uma honra”, comemorou. A Philips estava instalada no Recife desde a década de 1960 e tinha quase 400 empregados diretos, muitos com cerca de 30 anos de casa. O grupo transferiu a produção de lâmpadas para a China para aperfeiçoar a logística e diminuir custos, impulsão econômica por conta desvalorização da moeda chinesa
Fonte: Folha de Pernambuco (PE)
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