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Integração de hubs gera novo ambiente de desenvolvimento no Ceará

Dois dos braços da chamada trinca de hubs parecem estar iniciando um ecossistema para gerar valor agregado em diferentes frentes no Ceará. Inaugurado em abril de 2019, o data center da Angola Cables em Fortaleza tem gerado ambiente favorável à expansão do hub portuário e logístico do Pecém a partir do próprio desenvolvimento.

Segundo Victor Adonai Costa, diretor regional da Angola Cables, a empresa conseguiu dobrar o número de clientes em setembro na comparação com o ano passado, além de aumentar o quadro de funcionários em 30%. "As operações do Data Center de Fortaleza representam nossa principal fonte de receita", aponta.


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Ele revela que a empresa planeja ser um integrador de serviços e soluções em parceria com o mercado em geral. "Um ponto importante do nosso trabalho como agregador ao Ceará é levar clientes de outras regiões do País, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, para o Estado".

Os novos investidores teriam espaço garantido para instalação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), que almeja ser o principal polo industrial, portuário e logístico do Brasil até 2050, segundo Alessandra Grangeiro, gerente de Negócios Industriais e de ZPE do Complexo do Pecém (Cipp S/A), empresa administradora da área.

"As maiores concentrações portuárias também estão em locais onde há grande concentração de infraestrutura de TI. No Complexo do Pecém, por exemplo, nós temos a ZPE Ceará. A equipe de TI da ZPE cearense desenvolveu o SICA (Sistema Integrado de Controle Aduaneiro), um sistema próprio de acesso de pessoas, cargas e veículos na área onde são movimentadas as mercadorias das empresas instaladas. O sistema possui funcionalidades exclusivas e é integrado ao Porto do Pecém e ao sistema da Receita Federal do Brasil (RFB)", ressalta.

Nova economia

 

O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior, lembra que o Executivo estadual vem fazendo fortes apostas no hub de inovação e destaca que o Ceará já possui três data centers instalados, um em instalação e outros dois em negociação com empresas estadunidenses. "Isso permite a atração de provedoras de internet, de armazenamento em nuvem, de marketplace e software. Nós já temos um cadastro de empresas que prestam serviços para o setor público e privado com nomes como Amazon, Microsoft e IBM oferecendo centros de desenvolvimento de software e dando suporte aos clientes. É o início de uma nova economia no Ceará", afirma.

Segundo ele, o objetivo do Estado é atrair o maior número possível de empresas do segmento. "Se eu puder trazer 50 data centers, porque vou parar nesses quatro que já temos? A meta não tem limites. Nós temos uma política pública e equipe voltadas para isso, participamos de rodadas de negócios para promover o Ceará. Há cinco anos não tínhamos nada", disse.

Para Maia Júnior, a pandemia do novo coronavírus não afetou de forma negativa as negociações nem a imagem do Estado para os investidores. Ele aponta que o trabalho contínuo do Governo do Estado tem feito o Ceará ser visto como um ambiente promissor e seguro. "O Ceará tem 30 anos de continuidade em políticas públicas em crescimento, que vêm sendo aperfeiçoadas. O Estado tem acertado o passo na situação fiscal, em políticas hídricas, na educação, na saúde, em infraestrutura, em energia, melhorando processos burocráticos e simplificando para criar um ambiente bom para negócios, dando garantias jurídicas, mais transparência. São fatores fundamentais que o mercado está enxergando e isso funciona melhor que uma política exclusivamente de incentivos fiscais".

Fonte: Diário do Nordeste






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