A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a Prefeitura Municipal de Paranaguá, a Câmara de Vereadores e toda a comunidade portuária estão se mobilizando em grupos de trabalho especializados. O objetivo é buscar soluções para problemas como a sujeira nas vias de acesso do porto e dificuldades de trânsito dentro e na saída da cidade, causadas pelo acúmulo de caminhões. O trabalho multidisciplinar começou ontem, terça-feira (11).
“A integração entre o Porto e a cidade é um desafio em todas as cidades portuárias do mundo. Nós, como autoridades, temos a obrigação de tentar encontrar um equilíbrio para que o município consiga conviver bem com o porto, já que é primordial para o desenvolvimento de toda a região”, avalia o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
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O prefeito de Paranaguá, Edson Kersten, disse que hoje a questão mais crítica é a entrada da cidade. “Nos últimos anos, as coisas se acentuaram muito rápido. Precisamos pensar em soluções a curto, médio e longo prazo. Hoje, os caminhões que se acumulam na entrada de Paranaguá e nas redondezas dos postos de gasolina são o nosso principal problema. Estes grupos de trabalho sem dúvida vão contribuir muito para chegarmos a soluções viáveis”, disse Kersten.
NA PRÁTICA - Na primeira rodada de debates, realizada nesta terça-feira (11), os grupos discutiram soluções para os problemas, tratando da limpeza das vias urbanas, das filas de saída da cidade e das filas de caminhões nas proximidades do terminal de contêineres.
O grupo que trata da limpeza das vias aprovou a criação de uma comissão conjunta, com autoridades e órgãos fiscalizadores, para vistoriar todos os terminais e armazéns instalados em Paranaguá. Aqueles que não tiverem condições de recebimento de mercadorias serão descredenciados do Porto.
No grupo de trabalho que trata das filas nas imediações do terminal de contêineres, ficou estabelecido o aumento do efetivo de pessoal que atua no atendimento do posto avançado para, com isso, agilizar a liberação das carretas. Também será estudado, pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), o estabelecimento de um novo local para este posto, uma forma de melhorar o fluxo.
O grupo que discutiu soluções para as dificuldades de tráfego na saída da cidade sugeriu a criação de uma central de fretes com o objetivo de melhorar a situação dos postos de combustíveis. Hoje, cerca de 400 transportadoras estão espalhadas nos postos da saída da cidade, fazendo com que os caminhões se acumulem para a negociação do frete de retorno. Com a criação de uma central, todas as transportadoras ficariam reunidas em um único lugar, desafogando a saída da cidade.
Além da Appa, Prefeitura de Paranaguá e Câmara dos Vereadores, os grupos de trabalho contam com a participação da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal, do Instituto Ambiental do Paraná , Ministério Público Estadual, operadores portuários, Ecovia, Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) e Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar).
Fonte: Agência de Notícias do Paraná