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Investimenton nos portos precisa crescer 10 vezes

Brasília. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) estima que o governo tenha de aumentar o investimento médio nos portos brasileiros em até dez vezes nos próximos três anos.

Na última década, a União investiu R$ 3,10 bilhões no setor. De acordo com Bruno Batista, diretor executivo da CNT, como o governo anunciou um investimento de R$ 60,6 bilhões no setor - com a aplicação de R$ 31 bilhões até 2015 - isso demonstra que, em três anos, a média dos últimos dez anos terá de ser ampliada em dez vezes.

O plano lançado pelo governo não faz distinção entre a parte da verba que será alocada pelo governo e a que sairá da iniciativa privada. Mas, segundo Batista, as condições para atrair o investidor também não são suficientemente atrativas. "Essa meta exigirá um grande esforço por parte do governo e ainda deixa um resíduo de investimento de R$ 23,2 bilhões até 2017", disse.

Em 2012, os investimentos públicos em transporte marítimo, até outubro, chegavam a R$ 273,2 milhões. Em 2011, o volume total foi R$ 566,4 milhões. "O que vemos não é cenário de investimento muito favorável por parte do governo. O que foi investido é muito pouco e não altera as questões de deficiência verificadas hoje", comentou o diretor executivo.

Entraves

Em estudo, divulgado na última terça-feira (11) sobre os gargalos do setor, a CNT verificou que o excesso de tributação e de tarifação, o custo elevado, o acesso deficiente, o elevado custo da mão de obra e o excesso de burocracia são os fatores que mais atrapalham o setor portuário.

A pesquisa sobre transporte marítimo em 2012 avaliou a qualidade do serviço marítimo sob o ponto de vista dos usuários dos portos. Foram ouvidos 212 agentes em 15 Estados Brasileiros.

O programa Porto sem Papel, que prometia agilizar a atracagem dos navios, também não foi adotado em todo País. Hoje, 42,5% continuam sem o sistema que nasceu para reduzir a burocracia. Mesmo nos portos em que o programa foi implantado, o resultado não foi satisfatório. Na avaliação de 57,4% dos agentes o programa não propiciou agilidade e para 75,4% não reduziu tempo do trâmite.

Cifra

3,10 bilhões de reais foi o valor do investimento feito pela União no setor na última década

Fonte: Diário do Nordeste (CE)






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