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Investimentos têm garantido eficiência aos portos privados do Arco Norte

Os portos do Arco Norte vêm se destacando na última década por seu crescimento contínuo ascendente e também pelas inovações que vem trazendo para o setor, tanto por novidades em tecnologia, quanto por soluções mitigadoras de impacto ambiental. Só em 2023, o setor alcançou 51 milhões de toneladas de grãos escoados pelos portos da região, totalizando um crescimento aproximadamente 22% maior do que no ano anterior.

Com intensa movimentação nos rios da Bacia Amazônica, algumas estruturas vêm se destacando — as chamadas estações de transbordo flutuante, que por sua natureza se tornaram uma alternativa em uma região em que terrenos às margens de rios profundos já são escassos.


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As estações flutuantes têm grande apelo econômico na sua implantação. Apesar de não terem a capacidade de um porto em terra, a solução tem feito sucesso para alguns tipos específicos de operações. A opção vem sendo utilizada na região pelas empresas Mega Logística e Transportes Bertolini, que possuem, cada uma, três operações deste tipo no Arco Norte.

Por ser flutuante, a estrutura tem flexibilidade logística e, em alguns casos, pode dobrar sua capacidade com a instalação de boias. Só em 2023, essas empresas movimentaram cerca de 6,4 milhões de toneladas de granéis vegetais sólidos nessas estações, tendo a expectativa de aumentar ainda mais a movimentação este ano.

Híbrido

As soluções inovadoras e tecnológicas não param por aí. Recentemente, a Hidrovias do Brasil teve o seu empurrador "HB Poraquê" reconhecido como a melhor embarcação do mundo na categoria “Empurrador Médio” pela revista Work Boat World, ficando à frente de mais de 400 embarcações de outros países.

O "HB Poraquê" é o primeiro empurrador com sistema de propulsão híbrido já produzido e tem como grande diferencial o fato de que emite muito menos gases poluentes. Além disso, ele permite desonerar as operações portuárias por reduzir custos operacionais e reduz a dependência das operações de combustíveis derivados de petróleo.

Outro case de sucesso foi desenvolvido pela Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) no Canal do Quiriri, possibilitando o aumento do calado de 11,50 para 13,90 metros na localidade, sem a realização de dragagem ou outra intervenção significativa no meio ambiente. Esse aumento foi possível devido à instalação de três estações de monitoramento meteoceanográficas, que permitem a navegação de navios maiores e de maior calado, possibilitando, assim, uma maior eficiência no transporte de cargas na região.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2016 e realiza a medição meteorológica e oceanográfica em tempo real, observando o comportamento das marés e sua amplitude. Através dessas estações instaladas em pontos estratégicos próximos e no Canal do Quiriri, é possível identificar as condições ideais de navegabilidade em trechos críticos, garantindo a segurança dos grandes navios que percorrem aquela região com destino aos mercados internacionais. A iniciativa permitiu o aumento gradativo do calado ao longo dos anos, chegando à medição atual, que alcança quase 14 metros, mesmo considerando uma Folga Abaixo da Quilha (FAQ) de 1,5 metros.

A ação teve o investimento de cerca de R$ 6 milhões e foi realizada através das empresas Hidrovias do Brasil S/A, Hydro Alunorte, TGPM – Terminais de Grãos Ponta da Montanha e Navegação Unidas Tapajós – Unitapajós.

O graneleiro "MV Harvest Frost", com 84.802 toneladas de grãos de soja carregadas no TGPM em 2022, bateu o recorde de carregamento de soja em um único navio como o maior volume embarcado na Região Norte do Brasil. A viagem do Pará à Europa foi possível pela ampliação do calado no Canal do Quiriri, que permitiram o aumento de calado para os atuais 13,9 metros.

Outra recente solução é o sistema de monitoramento de embarcações através de sinal AIS na região dos Estreitos, no Pará. A A desenvolveu o sistema e o doou para a Marinha para que ela pudesse ter melhores condições de monitorar as embarcações que trafegam pela região, possibilitando que comboios cada vez maiores possam transitar com segurança pelos corredores fluviais do Arco Norte. Embarcações menores também são beneficiadas com a ação, à medida em que o monitoramento possibilita maior controle de todo o corredor.






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