Entre os destaques do encontro, Natália Marcassa, secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, chamou a atenção para o modal portuário. “Temos três leilões previstos para agosto. Queremos avançar nas concessões de portos.” Já o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, destacou a necessidade de estimular a geração termoelétrica no país. “O ministro [Bento Albuquerque] lançará a estrutura do novo mercado de gás, estabelecendo condições e conciliando regulações locais e federal. Nossa expectativa é de 13 gigawatts de geração de gás natural para os próximos dez anos”, afirmou.
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, elencou os principais investimentos em infraestrutura no estado como nas áreas de rodovias, transportes, portos e aeroportos. “Temos 21 projetos prioritários a serem contratados que somam R$ 41 bilhões”, afirmou. Os participantes do Fórum tiveram o panorama de investimentos do Estado de São Paulo complementado por Wilson Mello, presidente da InvestSP.
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Ele citou os planos para concessão de aeroportos, parques públicos e travessias litorâneas (balsas). E anunciou um investimento de R$ 40 milhões da empresa francesa GreenYellow em duas cidades de São Paulo. Já o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, falou sobre a produção de energia solar. “São Paulo tem uma capacidade gigante. Estamos estudando a utilização de painéis fotovoltaicos para geração de energia ao metrô”, afirmou.
Julio Fontana Neto, presidente do Comitê Operacional e membro do Conselho de Administração da Rumo, foi um dos debatedores do evento. Segundo o executivo, a companhia avaliará participação em leilões das concessões da Ferrogrão e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Também presente no debate, Fabiano Lorenzi, diretor da VLI Logística, levantou o tema da segurança jurídica, que, segundo ele, é fundamental para o segmento. “Precisamos de segurança jurídica em relação à renovação das concessões.”
Indústria de óleo e gás passa por transformação no país
No caso da indústria de óleo e gás, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, um dos palestrantes, destacou que o setor vive um momento de transformação no Brasil. “Tivemos monopólio de 60 anos da Petrobras e agora a companhia passa por um reposicionamento importante, pois cria novas responsabilidades para o governo”, analisou.
De acordo com Oddone, ao deixar de investir em refinarias, por exemplo, a empresa abre espaço para outros agentes ocuparem. “Estamos substituindo um monopólio por uma indústria”, disse. Segundo o especialista, o Brasil tem potencial para produzir 7 milhões de barris em 2030.
Já Antônio Guimarães, secretário executivo de E&P do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), lembrou que o petróleo vai perder relevância dentro de 20 ou 30 anos e, como consequência, seu valor cairá. Para ele, agora é o momento de o país aproveitar a janela de oportunidade. “O setor representa entre 50% e 60% de todo o investimento industrial brasileiro”, afirmou.
Antonio Bastos, CEO da Omega Geração, explicou que o setor de energia renovável tem crescido consideravelmente no Brasil. “O preço é muito competitivo”, disse. Por essas razões, Claudia Viegas, diretora de regulação econômica da LCA Consultores, destacou a urgência em acelerar investimentos no setor. “O petróleo é crucial. Precisamos atrair investimento em um curto espaço de tempo”, disse.
Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, reforçou a importância do segmento de energia e infraestrutura para o desenvolvimento do país. “Retomando os aportes em infraestrutura teremos um alento não só para o setor empresarial, mas também para a criação de empregos, que hoje é tema prioritário”, disse.
Fonte: Infraroi