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Leilões contestados devem paralisar ferrovias da Valec

/André Borges | De Brasília paralisia total ameaça a Valec, estatal federal responsável pela construção de dois grandes projetos ferroviários no país. Já com um desempenho sofrível na execução das obras, a Valec se vê diante de uma situação dramática: não há mais trilhos. Não existe, neste momento, uma barra de aço sequer disponível em estoque para fixar sobre os dormentes. As duas licitações que a Valec acaba de fazer para comprar milhares de toneladas de trilhos foram suspensas, sem previsão de retomada.

A estatal está à frente da construção de um trecho de 600 km da Ferrovia Norte-Sul, que ligará as cidades de Ouro Verde (GO) e Estrela D'Oeste (SP). Tem também a missão de construir 1.000 km da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre os municípios de Ilhéus, no litoral baiano, e Barreiras, no sertão do Estado.

"Estamos em uma sinuca de bico. Precisamos resolver isso o mais rápido possível", admitiu ao Valor Josias Sampaio Cavalcante, presidente da empresa. Apesar da promessa de concessão de 10 mil de km de malhas novas neste ano e de o Brasil ser o maior exportador mundial de minério de ferro, o país não tem nenhuma fábrica de trilhos.

A raiz dos problemas enfrentados pela Valec está nos editais que elaborou para importar esse material. Apenas um consórcio, formado pela empresa brasileira PNG Brasil e a chinesa Pangang Group International Economic & Trading, apresentou proposta na licitação internacional realizada pela Valec em janeiro, para a compra de 95,4 mil toneladas de trilhos para a Norte-Sul. Ele venceu a disputa com uma oferta de R$ 320 milhões. Mas o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu uma medida cautelar que suspendeu a licitação. Para o tribunal, há indícios de que o edital restringiu a competição com as demais empresas.

A decisão do TCU se refletiu na segunda licitação que a Valec fez, na semana passada, para a compra de 147 mil toneladas de trilhos para a Fiol. De novo, só houve um concorrente - o mesmo consórcio -, que venceu com uma proposta de R$ 477,2 milhões. Como o edital era praticamente o mesmo, a Valec decidiu, por conta própria, suspender a segunda compra até que o mérito do processo seja julgado pelo TCU.

Fonte:Valor Econômico.






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