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Logística custa 8,5% às empresas

Rio (AE) - As empresas brasileiras gastam 8,5% de sua receita com logística, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ilos. No agronegócio o impacto é ainda maior, 13,3% da receita. Em 2005, os gastos com logística consumiam 7,4% da receita líquida das empresas. "Era esperado que as empresas conseguissem diminuir esses custos", disse Maurício Lima, autor do estudo e diretor de Capacitação do Instituto Ilos, durante o Fórum Internacional de Logística. "O porcentual pode parecer pouco significativo, mas é uma conta que vai direto para o resultado. Em comparação ao lucro dessas empresas, a participação é enorme".

Os custos com logística corresponderam a 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o equivalente a R$ 391 bilhões. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o montante gasto com logística corresponde a 7,7% do PIB americano. Lima explica que a relação entre o custo da logística e o PIB costuma diminuir conforme o desenvolvimento do país. "O Brasil diminuiu um pouco essa relação, mas ela começa a esbarrar na questão da infraestrutura. O modal rodoviário ganha importância", contou.

A matriz de transporte brasileira está 65% baseada no escoamento via rodovias. Nos Estados Unidos, o modal rodoviário corresponde a apenas 28,7% do transporte de produtos e mercadorias. "Se o modal de transportes do Brasil fosse igual ao dos Estados Unidos em termos de distribuição, a economia seria de R$ 90 bilhões", afirmou Lima. "Mas precisaria de anos de investimento em infraestrutura. Mesmo confrontando com a Rússia, a Índia e a China, o Brasil está muito atrás, inclusive na malha rodoviária. Temos uma infraestrutura Pequena".

Lima alertou que seriam necessários investimentos da ordem de 2% do PIB, cerca de R$ 70 bilhões, apenas em 2011, para atender ao aumento da demanda por transportes. "No PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão previstos R$ 20 bilhões (em investimentos) em infraestrutura de transporte em geral, mas na prática o governo nunca consegue gastar tudo isso, então deve ficar em R$ 16 bilhões", calculou.

FRETE

O estudo do Instituto Ilos foi realizado com cem das mil maiores empresas do País e mostra ainda que os custos médios com frete passaram de R$ 67,00 por tonelada em 2006 para R$ 82,00 por tonelada em 2011, um aumento de 22% para carga seca transportada em carreta, graneleiro e em rotas de 700km. O aumento dos custos pode ser atribuído à sobrecarga dos sistemas para o transporte de mercadorias, o que tem aumentado o tempo de espera e os gastos com logística no país.

O crescimento médio do volume de mercadorias transportadas no Brasil foi de 4% ao ano de 2004 a 2010, acompanhando a expansão média de 4,4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Segundo a pesquisa, 87% de toda a carga é transportada através das rodovias, mas 42% das grandes empresas brasileiras querem reduzir o uso do modal rodoviário para o transporte de seus produtos. "A capacidade de transporte já está praticamente esgotada há alguns anos, então crescer 4% ao ano é um desafio e tanto", afirmou Paulo Fleury, CEO do Instituto Ilos, no Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro.

Fonte: Tribuna do Norte (RN) Natal/Daniela Amorim


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