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Lucro líquido da Santos Brasil no 1º semestre é o maior em dez anos: R$ 196,6 milhões

No período, companhia movimentou 644.750 contêineres em seus três terminais

A Santos Brasil encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior lucro líquido dos últimos dez anos: R$ 196,6 milhões. A geração de caixa operacional, representada pelo EBITDA, somou R$ 392,1 milhões no período (+54,5% ano a ano), com margem EBITDA de 41,7%, o melhor resultado desde 2012.

No segundo trimestre, o lucro líquido foi de R$ 102,4 milhões e a margem líquida de 20,4%. No trimestre, a receita líquida consolidada cresceu 32,0% ano a ano, somando R$ 500,9 milhões, sendo alavancada, principalmente, pelo aumento do ticket-médio em todas as unidades de negócio, com destaque para o Tecon Santos, fruto de renegociações contratuais com clientes.

O EBITDA somou R$ 213,1 milhões (+44,3% ano a ano) no segundo trimestre, com margem de 42,5%, novo recorde da Companhia. Em base recorrente, o EBITDA somou R$ 213,0 milhões. As margens da Santos Brasil continuam crescendo, a despeito da pressão inflacionária sobre algumas rubricas de custos e despesas operacionais.


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Resultado operacional

Os três terminais portuários de contêineres da Santos Brasil - Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) -- movimentaram 644.750 contêineres (-2,1% ano a ano) no primeiro semestre. A contração se explica pela redução no fluxo de importação, impactado pelas dificuldades logísticas no transporte marítimo de cargas, pelo lockdown chinês e pela base comparativa atípica do primeiro trimestre de 2021, distorcida pela sazonalidade tardia de 2020, ano mais afetado pela pandemia de Covid-19.

No segundo trimestre, a movimentação consolidada nos três terminais foi de 339.159 contêineres, crescimento de 0,6% ano a ano, porém expressivo levando-se em consideração a forte base de comparação do segundo trimestre de 2021 e também os impactos do lockdown.

O Tecon Santos movimentou 300.592 contêineres no segundo trimestre, crescimento de 1,5% ano a ano, apesar da queda de 25,4% ano a ano nas importações (já esperada em função dos efeitos mencionados). O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 8,5% nas exportações e de 28,5% na cabotagem. O market share da companhia no Porto de Santos no trimestre foi de 41,7% (40,0% no segundo trimestre de 2021).

O Tecon Imbituba manteve a tendência de crescimento observada desde o início do ano, registrando a movimentação de 13.323 contêineres no segundo trimestre (+9,6% ano a ano), essencialmente de cabotagem. Já o TCG Imbituba operou 34.676 toneladas de carga geral (-65,8% ano a ano), reflexo dos menores embarques de celulose, além da escala pontual de um navio extra de produtos siderúrgicos no segundo trimestre de 2021.

O Tecon Vila do Conde continuou sofrendo os efeitos da escassez de contêineres vazios para exportação de cargas na zona de influência do porto. O terminal movimentou 25.244 contêineres no segundo trimestre, queda de 12,8% ano a ano.

O Terminal de Veículos (TEV) bateu recorde trimestral histórico, tendo registrado a movimentação de 85.053 unidades no segundo trimestre (+55,4% ano a ano), com a exportação de 77.974 automóveis (+64,6%), destacando-se os mercados do Chile e Colômbia, e importação de 7.079 veículos (-4,0% ano a ano). Os veículos pesados representaram 7,2% do volume total, com destaque para máquinas agrícolas e equipamentos para o setor de construção civil.

No segundo trimestre, o volume de armazenagem de contêineres na Santos Brasil Logística alcançou 19.379 unidades (+16,9% ano a ano), reflexo da maior captação de contêineres descarregados em terminais concorrentes para armazenagem nos CLIAs Santos e Guarujá. Além disso, os serviços de logística integrada prestados continuam crescendo, a exemplo das operações de entreposto aduaneiro, cross-docking, gestão de estoque, distribuição, entre outros.

De acordo com Daniel Pedreira Dorea, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores, a companhia vem seguindo uma trajetória de crescimento sustentável fruto de estratégias bem-sucedidas. "O forte resultado financeiro alcançado deriva, sobretudo, da recomposição de preços não apenas nos serviços de cais, mas também naqueles ofertados aos donos das cargas, como armazenagem e demais serviços de logística integrada, prestados principalmente pela Santos Brasil Logística", diz.

Quanto aos volumes, Dorea aponta que o crescimento de 0,6% no trimestre, apesar de aparentemente tímido, deve ser exaltado, uma vez que se esperava que o efeito do lockdown na China tivesse impacto muito mais severo, o que não se confirmou no caso do Brasil. "Já vemos uma acelaração nos volumes e, para o segundo semestre, estamos confiantes em um ritmo forte de movimentação de contêineres e, também, veículos", afirma.

Investimentos

A Santos Brasil encerrou o segundo trimestre com R$ 1 bilhão em posição de caixa e aplicações financeiras que, descontada a dívida total, totalizou um caixa líquido de R$ 679,4 milhões.

No trimestre foram investidos R$ 83,6 milhões, em continuidade aos projetos de expansão, modernização e melhorias das unidades de negócio, com destaque para o início da segunda fase de expansão do Tecon Santos e dos projetos de implantação dos terminais de granéis líquidos de Itaqui, com o início das operações das duas unidades brownfield previsto para o quatro trimestre.






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