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Maersk pedirá ao governo mudanças no Porto de Santos

Maersk pedirá ao governo mudanças no Porto de SantosSão Paulo - As oportunidades que a Copa do Mundo no Brasil e as eleições podem trazer neste ano para destravar os gargalos logísticos no país são únicas e cruciais, de acordo com o diretor comercial da Maersk Line, Mario Veraldo.

A companhia prepara um relatório que será exposto em uma reunião com o governo e entidades ligadas ao Porto de Santos, com objetivo de iniciar as soluções para o problemas que travam o crescimento do comércio exterior no Brasil. "Se este diálogo for concretizado, a Maersk então retomará os investimentos, visando o avanço no Brasil", diz o diretor.

Os problemas no Porto de Santos, o maior da América Latina, não se limitam apenas aos negócios marítimos. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Martin Aron, a parte terrestre, de rodovias e ferrovias, prejudica o funcionamento do porto.

"No ano passado, foram registrado enormes congestionamentos no acesso ao porto de Santos e não foi por excesso de caminhões, mas por causa da desorganização nos terminais, da falta de estacionamento e da desordenada descida dos caminhões para Santos. Há décadas, estávamos com 1% do comércio mundial e ainda estamos perto de 1%", afirma Aron, para quem um simples agendamento já resolveria parte desse congestionamento. Dessa forma, muitos contêineres não chegam a tempo nos terminais, o que causa prejuízo, uma vez que os navios possuem horários certos para desatracarem e muitos saem vazios. Inaugurada em 1947, a Via Anchieta é o único acesso rodoviário de carga ao porto de Santos até hoje.

Como reformas maiores demoram, em média, cinco anos, a Maersk propõe a simplificação dos processos burocráticos e o aumento da infraestrutura rodoviária em torno do porto.

"Tudo no Porto de Santos ainda é feito na base do papel, o que gera uma burocracia desnecessária. O investimento em tecnologia está travado porque cada entidade e cada porto do Brasil funciona de um jeito", diz Mario Veraldo. Mesmo que nem todo o fluxo de carga do país passe pelo porto de Santos, o local é estratégico pois tem 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do país ao seu redor.

Cabotagem

O diretor comercial da Maersk enfatiza que seus clientes indicam planos de expansão dos negócios no Brasil, principalmente no Nordeste. "Existe uma forte demanda na região, atrelada à falta de infraestrutura. A cabotagem [navegação entre portos de um mesmo país] ajuda nisso. Este crescimento poderia ser melhor sem medidas protecionistas, mas precisamos, juntamente com as entidades que atuam no comércio internacional, tirar essas travas", completa Veraldo.

Fonte: Brasil Econômico/Niviane Magalhães 






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