Um sonho antigo e necessário para fortalecer o desenvolvimento do Estado está próximo de sair do papel. O Ministério dos Transportes confirmou que irá autorizar a inclusão na segunda versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental das hidrovias Teles Pires-Juruena-Tapajós, da Hidrovia de Tocantins e do Porto de Miritituba, além da instalação de 13 terminais de passageiros e cargas mistas.
O projeto do senador Flexa Ribeiro foi apresentado em 2007, com o número 184/2007 e virou lei em 2010. Serão investidos cerca de 1 bilhão de reais nas obras. “O Pará vem tentando ao logo dos anos a melhoria do modal hidroviário da região. Este é um momento histórico para o Estado do Pará, pois teremos a oportunidade de deslanchar ainda mais nossa economia”, afirma Abraão Benassuly, Presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH).
O sistema hidroviário é responsável por 55% do volume de transporte de carga no Estado, e com a implantação das obras previstas pelo PAC II estima-se que esse índice suba para 80%, o que irá contribuir com o aumento de produção, a redução de custos e o aumento de investimentos de grandes empresas na região. “O Estado só tem a ganhar com este projeto. Com a melhoria no sistema hidroviário teremos a redução nos custos para transporte de cargas e redução também no custo para transporte de passageiros. A consequência disso tudo se vê nas prateleiras, com o cidadão comprando produtos mais em conta”, afirma o presidente da CPH.
Com a abertura da Hidrovia Teles Pires-Jurena-Tapajós, a previsão é de que cerca de 100 milhões de toneladas de soja e minério sejam transportadas por ano. Com a implantação da Hidrovia de Tocantins, a exportação terá um incremento ainda maior. “Através do transporte ferroviário, a região sul tem uma movimentação de dois milhões de toneladas por mês. Com implantação da hidrovia local, este número pula para 20 milhões”, afirma Abraão.
Para acompanhar o processo de novos investimentos que o Estado vem passando na área hidroportuária, a CPH encontra-se em processo de reestruturação. “Nosso objetivo é trabalhar na reestruturação da companhia, na produção do planejamento estratégico entre outras ações, para que possamos em parceria com a Secretaria de Transportes, Secretaria de Integração Regional e governo federal gerenciar todo esse processo da melhor forma possível”, afirma o presidente. Ano passado, as obras ficaram de fora das primeiras ações do PAC 2, justamente por não ter um estudo concluído a respeito de sua viabilidade. Com essa iniciativa, as providências para o início da primeira etapa estão sendo tomadas para execução.
Terminais
Dentro das obras do PAC II também estão contemplados as instalações e manutenções de 13 terminais de passageiros e cargas mistas no Estado. Os terminais completam o modal de transporte hidroviário da região, contribuindo para a facilidade nos deslocamentos. Estarão localizados nos municípios: Abaetetuba, Cametá, Viseu, Augusto Corrêa, Altamira, Belém, Bragança, Conceição do Araguaia, Juruti, Óbidos, Oxiriminá, São Miguel do Guamá e Tuuruí.
Fonte: Agência Pará/Angélika Freitas - Secom
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