A greve dos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura já tem reflexos no Porto do Rio Grande. Conforme o fiscal agropecuário Lindomar de Freitas Lopes, que atua no Município, levantamento realizado pela categoria mostra que, como resultado dos dois primeiros dias do movimento destes servidores, já há mercadorias retidas no porto rio-grandino aguardando fiscalização.
De acordo com o levantamento, na área vegetal estão retidas 134.566 toneladas de mercadorias a granel (grãos e fertilizantes) na importação e na exportação. De mercadorias em contêineres, estão aguardando fiscalização 1.356 toneladas na área vegetal e 1.541 toneladas na área animal. Além disso, estão à espera de atendimento 41 requerimentos de verificação de embalagens de madeira.
Lopes diz que todos esses serviço já poderiam ter sido feitos e só não foram realizados devido à greve da categoria. Mesmo assim, ele observa que ainda não há nenhum navio impossibilitado de operar devido à retenção de mercadorias pelo movimento. Os fiscais federais agropecuários estão em greve, nacional, desde segunda-feira.
Em Rio Grande, eles estão em seus locais de trabalho, mas apenas procurando atender 30% da demanda, com prioridade à verificação de produtos perecíveis e realização de serviços de maior necessidade. Ontem, segundo Lopes, eles fizeram fiscalização em um navio com granéis e em contêineres para exportação, entre outros serviços.
A categoria está reivindicando remuneração por subsídio, uma vez que a carreira deles é típica de Estado; melhores condições de trabalho; criação de uma escola de formação de fiscais e reestruturação da carreira.
Fonte: Jornal Agora (RS) / Carmem Ziebell
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