O terminal paranaense é o primeiro do Brasil a receber a ação de supervisão e acompanhamento das técnicas usadas pelas empresas e armazéns portuários que exportam milho, soja e farelo.
A escolha do porto parnanguara, que servirá de modelo aos demais terminais brasileiros, foi baseada na eficiência do complexo graneleiro do Paraná
A escolha do porto parnanguara, que servirá de modelo aos demais terminais brasileiros, foi baseada na eficiência do complexo graneleiro do Paraná
Um grupo de fiscais, formado por servidores de diferentes portos do país, esteve em Paranaguá na última sexta-feira (8) para conhecer os processos utilizados.
A escolha do porto paranaense, que servirá de modelo aos demais terminais brasileiros, foi baseada na eficiência do complexo graneleiro do Estado. Em agosto, mês em que o Porto de Paranaguá alcançou recorde histórico de movimentação, foram comercializadas mais de 2,1 milhões de toneladas de graneis pelo terminal. “Além de um enorme volume de grãos movimentados, Paranaguá tem especialização na exportação deste tipo carga”, explica André Bispo, coordenador de fiscalização e classificação de vegetais do Mapa.
A equipe visita empresas que atuam junto ao Ministério e acompanha as medidas adotadas por elas para o recebimento e armazenagem das cargas. “Fizemos uma visita anterior, em março deste ano, e devemos realizar uma próxima ainda em 2010. Levantamos as técnicas de classificação da carga na chegada às empresas, para a garantia de qualidade. Nossa estimativa é que o projeto chegue aos demais terminais do país já no inicio de 2011”, adiantou Bispo.
DIFERENCIAL - Um dos destaques do modelo paranaense é o corredor de exportação em sistema de pool, único no Brasil. Oito empresas, incluindo o silo público, têm seus armazéns ligados ao Porto de Paranaguá através de seis correias e esteiras rolantes que vão até a faixa portuária e desembocam em seis carregadores de navios (shiploaders). A carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para granéis, o que garante agilidade nas operações.
O sistema permite, ainda, que um mesmo navio receba mercadoria de diferentes produtores – inclusive dos pequenos. De acordo com o superintendente dos Portos do Paraná, Mario Lobo Filho, esta característica faz com que a classificação dos grãos tenha uma importância ainda maior. “Como o mesmo importador recebe carga de vários exportadores, é necessário que toda a carga tenha padrão de qualidade internacional”, ressalta ele.
A parceria com Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) é outro diferencial do porto de Paranaguá. “Até 2003, as classificações eram feitas nas ruas de acesso ao porto, no meio do trajeto dos caminhões. Hoje, a Claspar tem um espaço no Pátio de Triagem, conta com estrutura adequada, moderna e eficiente, com equipamentos de alta tecnologia. As fraudes são tratadas com a abertura de inquéritos e a fiscalização é rigorosa”, conta o superintendente.
Todos os caminhões e trens carregados com soja, milho, sorgo, trigo, farelos e óleo de soja — refinado e degomado — que chegam a Paranaguá são vistoriados pela Claspar. Os técnicos avaliam o grau de impureza e, quando não há problemas, atestam que o produto segue os padrões de qualidade exigidos para exportação.
Fonte: AEN
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