Receba notícias em seu email

Navalshore

Mitsui investe R$ 500 milhões em ativos da Odebrecht

Na prática, trata-se de um aporte. Por R$ 500 milhões, o grupo japonês ficará com a participação minoritária de 40% na nova companhia, controlada pela Odebrecht TransPort (com 60%). A nova empresa, batizada de Odebrecht Mobilidade, vai "herdar" quatro ativos no setor antes administrados diretamente pela TransPort. São eles: SuperVia (RJ), VLT Carioca (RJ), Move São Paulo (SP) e VLT de Goiânia (GO). Os investimentos em carteira exigem R$ 17 bilhões até 2020 e contam também com capital de sócios em cada empreendimento e subsídios públicos.

Além do portfólio já existente, a Odebrecht Mobilidade vai disputar novos contratos. Os executivos dizem que irão acompanhar o lançamento de licitações, levando em conta estruturas de garantias e financiamento. O cenário para novas licitações em 2015, no entanto, não é dos mais agitados. "Normalmente o ano pós-eleição é de ajustes, então não esperamos muita coisa saindo em ano pós-eleitoral. A expectativa é para 2016 em diante", diz Gustavo Guerra, que será presidente da Odebrecht Mobilidade.

A Odebrecht TransPort tem feito diferentes movimentos para capitalizar a companhia. Isso porque - desde que foi criado, há quatro anos - o braço de ativos em logística do grupo Odebrecht arrematou diversos contratos em licitações e já lidera investimentos de R$ 25 bilhões nos próximos três anos. Entre os principais, estão a própria linha 6-Laranja do metrô paulistano (por meio do Move São Paulo), o aeroporto do Galeão e a BR-163 no Mato Grosso. Hoje, já são 21 empresas no guarda-chuva da Odebrecht TransPort.

A carteira multibilionária em obrigações levou a Odebrecht TransPort a receber, no ano passado, um investimento de R$ 1 bilhão da BNDESPar em troca de aproximadamente 10% da companhia. Antes, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) já tinha 30% da empresa.

Agora, a Odebrecht continua estudando diferente maneiras de continuar atraindo investidores. Os parceiros podem, por exemplo entrar nos projetos específicos ou nos braços de atuação da companhia - como foi o caso da Mitsui.

"Temos de entender o interesse específico de cada investidor. Tem aquele que gosta de se expor a vários investimentos e outros que querem ser mais específicos. Existem estudos que a gente faz internamente, nos quais avaliamos diferentes alternativas", diz Paulo Cesena, presidente da Odebrecht TransPort.

Os executivos comemoram o fato de a Mitsui ser um grupo estrangeiro. "É um ponto relevante vermos capital externo entrando e se comprometendo com a infraestrutura no Brasil e com investimentos de longo prazo", diz Cesena. A companhia tem outros parceiros estrangeiros, como a Changi (de Cingapura) na concessão do Galeão e a DP World na Embraport - terminal em Santos. A operação com a Mistui ainda precisa receber aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fonte: Valor Econômico/Fábio Pupo | De São Paulo






PUBLICIDADE




Shelter

   Zmax Group    ICN    Ipetec
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Sinaval   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira