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Modelo inviabiliza novas ferrovias

Hoje, no Brasil, pelo sistema vigente, é impossível se implantar uma nova ferrovia. A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte (Anut), Luiz Henrique Baldez, na abertura da feira Intermodal, em São Paulo. Segundo Baldez, sua entidade fez estudos e chegou à conclusão de que concessionários privados só têm condições de bancar 45% dos custos de uma ferrovia e, desse modo, teria de haver subsídio federal de 55% do custo total. Como a União vive fase de ajuste fiscal, Baldez praticamente conclui que, tão cedo, não se irá criar uma nova estrada de ferro no país. Se a parte privada subisse, os fretes a serem cobrados teriam de ser muito elevados. “Isso é particularmente preocupante, porque o caminhão já leva 60% das cargas e, retirando-se do cálculo o minério de ferro, um produto que não pode ser levado por caminhões, por seu peso, a participação do setor rodoviário chega a 90% das cargas”, disse, mostrando um cenário preocupante em relação à eficiência do transporte, tendo em vista os altos custos e geração de poluição dos caminhões. Citou ainda que, se houvesse recursos para iniciar hoje uma nova ferrovia, essa só poderia operar em 2023, devido à necessidade de atender às diversas exigências governamentais, principalmente na área de meio ambiente. Todas as autoridades que se pronunciaram no evento frisaram que o orçamento federal está indefinido, pois ninguém sabe a extensão dos cortes que serão feitos pela equipe econômica. O cenário de transportes e logística no país não é dos mais promissores. Dados mostrados por Carlos Campos, coordenador do Ipea, indicam que o Brasil investiu, entre 2003 e 2013, apenas 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB) em transportes, em comparação com 3,4% de países de desenvolvimento comparável, como China, Rússia, Índia, Coréia do Sul e Colômbia. “E, pelas perspectivas de cortes nos investimentos, previmos que, em 2015, esse gasto com transporte, no Brasil, vai cair para 0,55% do PIB, sem dúvida um nível excepcionalmente baixo”, disse Campos. Com dados do Instituto Ilos, citou que o custo logístico no Brasil é de 11,5%, em comparação com 8,7% nos Estados Unidos. Já o Banco Mundial, em análise sobre 160 países, mostrou que o Brasil é apenas o 65º entre os mais eficientes na economia, embora esteja entre as dez maiores potências mundiais. Um fato positivo é que, em 2015 e 2016, devido a cortes na área pública, o setor privado deverá investir mais do que o governo, em transportes. Em 2016, se prevê investimentos de R$ 12,1 bilhões do setor público e R$ 20 bilhões dos particulares. Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta





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