De São Paulo - A Moura Dubeux, empresa que atua há 27 anos no Nordeste, está desenvolvendo o projeto mais ambicioso da área de logística do Brasil. O que inicialmente seria apenas uma divisão da empresa, que coordenaria um empreendimento, ganhou status de nova empresa, a ConeS.A.
Tudo nasceu quando a empresa começou a comprar terras no entorno do Porto de Suape. "Decidimos aproveitar todas as oportunidades de negócios da região Nordeste e percebemos que tinha uma nova opção de negócios na área de logística e infraestrutura", afirma Marcos Roberto Dubeux, responsável pela nova empresa. "Suape é o ponto médio do Nordeste e, num raio de 800 quilômetros, encontra-se 90% do PIB nordestino", diz.
Compraram um terreno de cerca de 15 milhões de metros quadrados, contíguos à área portuária, às margens da BR 101, com ramal ferroviário, localizado entre os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. Criaram o empreendimento Cone Suape, o primeiro da Cone.
O investimento total é de R$ 1,4 bilhão, sendo que 80% serão aplicados até 2016. A Cone Suape terá como sócio o Fundo de Infra-estrutura (FI-FGTS), gerido pela Caixa Econômica Federal, que fará aporte de R$ 500 milhões no desenvolvimento da infraestrutura local.
A ideia, segundo Dubeux, é fazer um condomínio de negócios, com infraestrutura e logística integrada, criando polos de investimentos. "Já estamos procurando terrenos em outras regiões", diz o empresário, que estudou áreas portuárias e esteve em Antuérpia e Roterdã antes de criar o modelo de negócios da empresa. A Moura Dubeux também contratou a Colliers para fazer uma ampla pesquisa de mercado para desenvolvimento da região.
Em Suape, explica, serão quatro empreendimentos logísticos diferentes. Há desde o modelo de empresas sob encomenda (build to suit) até galpões multiuso e uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação), um distrito industrial incentivado, no qual as empresas têm incentivo fiscal desde que destinem 80% de sua produção para o exterior.
Segundo Dubeux, para dar suporte às empresas e funcionários, será criada uma área com centro de convenções, dois hotéis executivos (ainda não fechou a bandeira) e um shopping de serviços com 12 mil m2de área bruta locável. "Sobrevoamos a região toda semana com investidores e empresas do mundo todo", diz o empresário.
(Fonte: Valor Econômico/DD)
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