Em 2010, 12,6 milhões de toneladas foram movimentadas no porto
O Porto do Itaqui bateu novo recorde de movimentação de cargas nos berços públicos em agosto. Foram 994 mil toneladas contra 957 mil toneladas registradas em 2007, o melhor desempenho do período até então. O resultado, que já elevou em meio milhão de toneladas a previsão para 2011, é fruto da otimização da logística de terra no embarque e desembarque de cargas, na melhor qualificação dos operadores portuários, da parceria entre a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e a comunidade portuária e na utilização de uma linha regular de contêiner.
O calcário, por exemplo, teve um crescimento de 193%, saltando de 45 mil toneladas para 131 mil. Em menos de 24 horas, a Companhia de Operação Portuária do Itaqui (Copi) operou 13.464 toneladas do produto, o que proporcionou a antecipação da saída do navio em quatro dias e a diminuição do tempo de espera na fila de navios. O calcário que vem do Canadá é utilizado na Usina de Pelotização da Vale e atende à demanda da indústria siderúrgica.
Já o fertilizante teve alta de 101%, passando de 270 mil toneladas para 544 mil toneladas. As operadoras portuárias Copi e Brazil Marítima movimentaram 23.900 toneladas de fertilizantes em menos de 72 horas, um novo recorde para o porto. A marca anterior, de 2010, era de 16 mil toneladas. “O Itaqui vem se firmando como porto importador também de fertilizante, a exemplo do que já acontece com derivados de petróleo”, explicou o diretor de Operações da Emap, Gustavo Lago.
O fertilizante que entra pelo porto é distribuído em toda a área de influência do Itaqui, que passa pelo Maranhão, Pará, Tocantins, Piauí, Bahia e Mato Grosso. O aumento da demanda por esse produto sinaliza para um crescimento da área plantada e, consequentemente, para uma maior produção de grãos nessa região. Nesse sentido, cresce a importância do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que terá licitação, no dia 18 de outubro, e que desperta o interesse de grandes empresas de logística e do agronegócio, dentro e fora do país.
Clínquer e cimento, que também ajudaram a elevar as estatísticas do Itaqui, estão ligados ao desenvolvimento da indústria da construção civil no estado. “Essa é mais uma oportunidade de negócio no Maranhão que vai ser consolidada com a instalação de uma grande fábrica de cimento no estado”, frisou Lago.
O aumento da produtividade diária e da recepção de mais 20 navios em relação ao mesmo período do ano passado são resultados da parceria entre a Emap e a comunidade portuária. Com a melhoria na gestão operacional está sendo possível ganhar em eficiência, rapidez e segurança nas operações mesmo com a interdição do berço 101 para reforma, que deve ser finalizada em julho de 2012.
Somados ao fertilizante, calcário, clínquer, cimento, derivados de petróleo e carvão, ferro níquel, também exportado por meio de contêiner, ajudará a elevar a expectativa de movimentação anual de cargas do Itaqui de 13 para 13,5 milhões este ano. Em 2010, foram 12,6 milhões de toneladas.
Fonte: Governo do Estado do Maranhão
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