A movimentação total de cargas registrou, de janeiro a setembro deste ano, queda de 2,6% no Porto de Roterdã, na Holanda, em comparação com o mesmo período de 2024. Foram movimentadas 320,2 milhões de toneladas, contra 328,9 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano passado. Segundo a autoridade portuária, a queda deve-se principalmente ao minério de ferro e derivados de petróleo, mas o movimento de granéis agrícolas, petróleo bruto, GNL e contêineres (em TEU) aumentou.
A movimentação de granéis sólidos diminuiu 5,6% por causa da queda de 12,7% e 2,9 milhões de toneladas de minério de ferro e sucata, enquanto o movimento de carvão ficou 5,3% abaixo do mesmo período de 2024, devido à menor demanda por carvão de coque pela indústria siderúrgica.
PUBLICIDADE
Segundo dados da administração do terminal holandês, a movimentação de produtos agrícolas a granel cresceu 16,8% na comparação com os nove primeiros do ano passado, puxada pelo aumento da importação, mas foi registrada redução de 7,2% no transbordo de outros granéis sólidos. No caso dos granéis líquidos, houve queda de 3,4%, para 146,4 milhões de toneladas, causada principalmente pela redução de 7,3 milhões de toneladas (-17,2%) no transporte de derivados de óleo mineral.
Além disso, no segmento de outros granéis líquidos houve perda de 1,1 milhão de toneladas no volume movimentado, correspondendo a menos 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas cresceram as movimentações de etanol, de combustível de aviação sustentável, de petróleo bruto e de GNL.
No período, informou a administração portuária, o movimento de contêineres aumentou 3,0%, para 10,7 milhões de TEUs (unidade padrão para contêineres), mas com redução de 0,6% no volume total em toneladas. A queda foi atribuída ao desequilíbrio entre importações e exportações, o que levou ao crescimento do número de contêineres transbordados vazios, principalmente pela perda de competitividade da indústria automotiva e do setor químico europeus.
No terceiro trimestre houve incremento de 3,8% na movimentação de contêineres, principalmente por causa do aumento do transporte entre a Ásia e a Europa, que cresceu 14,6% nos primeiros nove meses em comparação com o ano passado. Esse incremento foi creditado ao aumento de serviços de partidas de embarcações de Roterdã para asiáticos.
Já a movimentação total de carga fracionada aumentou 0,2%, chegando a 24 milhões de toneladas, mesmo com queda de 0,1% no segmento Roll on-Roll Off. As outras cargas fracionadas aumentaram 1,1%, para 4,6 milhões de toneladas, devido em parte, segundo a administração do Porto de Roterdã, ao transporte de fundações para turbinas eólicas offshore, tubos de aço e de chapas de aço para a indústria offshore.

















