O volume de cargas movimentadas pelos portos brasileiros nos cinco primeiros meses do ano é o maior registrado na história. Dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostram que, de janeiro a maio, foram transportadas 532 milhões de toneladas, 0,8% a mais que o no mesmo período de 2024.
Segundo os números divulgados pela Antaq, houve recorde de movimentação de carga pelo terceiro mês consecutivo. Os registrados em maio, de 118,4 milhões de toneladas, foram os maiores da história para o mês e 7% superiores aos de 2024. Nos portos públicos, o crescimento mais elevado foi o do Porto de Rio Grande (RS): 47%. Mas, nesse caso, o incremento reflete a retomada das operações após a redução provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul em maio de 2024.
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Os dados do Estatístico Aquaviário da Antaq confirmam ainda o aumento contínuo da movimentação de cargas em contêineres pelos portos brasileiros. Os números dos cinco primeiros meses de 2025 foram 7% superiores aos do mesmo período de 2024, que registrara, ao longo do aumento, aumento de 20% de movimentação de carga conteinerizada em comparação com 2023.
O secretário nacional de portos, Alex Ávila, creditou o resultado dos cinco primeiros de 2025 ao aumento da produção agropecuária. Segundo ele, historicamente os melhores números da safra agrícola são registrados nos segundos semestres, mas desde 2024 tem sido verificado também aumento de movimentação dessas cargas em portos brasileiros já no início do ano.
O Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor) prevê que a tendência de crescimento será acelerada nos próximos anos como resultado da ampliação da capacidade dos portos brasileiros. E cita como exemplo o Tecon Santos 10, cujo leilão de concessão está previsto para ser realizado ainda este ano e, quando estiver operando, vai aumentar em 50% a movimentação de contêineres no terminal do litoral paulista, que é o maior do Brasil.
Além disso, informa o ministério, em setembro será realizado o leilão para concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá, o que permitirá aumentar a capacidade do porto paranaense. Estão previstas medidas semelhantes para os portos de Itajaí, Santos, Bahia e Rio Grande. A expectativa é que as intervenções permitam a chegada de embarcações de maior porte e, consequentemente, incremento da movimentação de navios e de cargas.