A MP dos Portos foi uma verdadeira loucura. Gerou 645 emendas, das quais 150 aceitas pelo relator. Na Câmara, houve acusações formais de corrupção e, no Senado, o texto, de 1.200 páginas, foi aprovado em uma tarde, o que é aberração. Pois a MP da Saúde tem tudo para reviver esse clima.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acaba de pedir urgência especial a Câmara e Senado. Só que há enorme reação à entrada de profissionais estrangeiros e, especialmente, ao item que obriga recém-formados – até de faculdades particulares – a prestarem serviço compulsório por dois anos para o Sistema Único de Saúde.
Praticamente todas as entidades que congregam médicos estão contrárias à nova MP e o governo não está confortável para convencer parlamentares. O fato de enviar para o Congresso um tema tão sensível – que, mesmo sendo socialmente justo, vai mexer com a vida de milhares de novos médicos – em forma de medida provisória mostra que o Governo Dilma não vive seu melhor momento.
Fonte Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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