Em seu informe semanal Abiquim divulgado nesta sexta-feira (1º), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) manifesta profunda preocupação com o decreto publicado no último dia 30 de julho pelo governo dos Estados Unidos, que estabelece uma tarifa adicional de 40% sobre a maioria dos produtos brasileiros, a partir do próximo dia 6 de agosto.
No boletim, a Abiquim informa que há no Brasil mais de 20 empresas químicas de capital americano, atuando em diversos segmentos. Além disso, destaca que a balança comercial é favorável aos Estados Unidos, com saldo anual próximo de 8 bilhões de dólares, e que em 2024 a alíquota média aplicada aos produtos químicos de uso industrial pelos americanos foi de 7,7%.
PUBLICIDADE
A Abiquim informa ainda que as exportações brasileiras de produtos químicos para os Estados Unidos somaram 2,4 bilhões de dólares em 2024, com destaque para petroquímicos básicos, intermediários orgânicos e resinas termoplásticas, e que, dos 50 principais itens exportados, apenas cinco não serão afetados pela sobretaxa anunciada, de 40%.
O Informe diz ainda que a entidade “apoia a atuação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e de outras autoridades brasileiras” nas negociações com os Estados Unidos e que a Abiquim e o American Chemistry Council (ACC) entregaram declaração conjunta às autoridades brasileiras e americanas em que pedem “ações concretas para evitar prejuízos à integração produtiva e à resiliência das cadeias de suprimento químicas entre os dois países”.
“A Abiquim defende a aplicação de direito provisório de defesa antidumping, o reforço dos recursos humanos e tecnológicos para resposta rápida a desvios de comércio, a devolução imediata de saldos credores de ICMS, a ampliação do Reintegra para 7% e sua extensão a empresas de todos os portes, além da criação de novas linhas de financiamento à exportação”, destacou a associação.