Navios que operam granéis sólidos poderão atracar em berços ociosos de cais público do Porto de Santos. A nova regra, proposta pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e aprovada pelo Ministério da Infraestrutura, integra uma alteração no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais santista, que segue em atualização.
O PDZ é uma ferramenta de planejamento de uma autoridade portuária, estabelecendo estratégias e metas para o desenvolvimento e a otimização do uso de áreas e instalações do porto organizado. Segundo a Docas, alterações no documento têm como objetivo “retirar amarras operacionais que não fazem mais sentido com a dinâmica atual da operação portuária”.
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A nova norma é um pedido antigo da comunidade portuária. Isto porque, há mais de um ano, a falta de berços para a atracação de navios de granéis sólidos, entre eles, fertilizantes, causou dor de cabeça, filas na Barra e prejuízos milionários a usuários do complexo.
Naquela época, cargueiros aguardaram quase três meses por uma oportunidade de realizar a descarga das mercadorias. Outros navios sequer planejaram a atracação no complexo e escalaram em outros portos em busca de maior agilidade.
“A possibilidade de atracar navios de granéis sólidos em cais público é uma excelente notícia, que aguardamos há bastante tempo. Este é um segmento que não pode ter ociosidade. É receita para o Porto e para todo mundo que atua no setor”, disse o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.
De acordo com a Portaria nº 4.058, publicada nesta quarta-feira (18) pelo Ministério da Infraestrutura, no Diário Oficial da União, todas as novas regras deverão ser publicadas no site da Docas e da própria pasta.
Enquanto isso, a autoridade portuária segue elaborando o seu novo PDZ. Conforme cronograma estabelecido, o prazo para a conclusão do material é de dez meses a partir da publicação do Plano Mestre, em abril último. Com isso, a nova versão do plano pode ser conhecida até fevereiro do ano que vem.
Fonte: A Tribuna