Após 19 anos de promessas e paralisações, as obras de dragagem do Porto de Vitória finalmente terminaram. A partir de agora, o canal de acesso do porto e a bacia de evolução - área em que os navios fazem as manobras - possuem profundidade de 13,5 metros, o que permitirá receber embarcações com até 70 mil toneladas, mais do que o dobro das 30 mil toneladas de carga - limite que está em vigor atualmente.
Um evento nesta segunda-feira (2) com a presença do presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luis Claudio Montenegro, e o secretário Nacional de Portos, Luiz Otávio Campos, será realizado para marcar a entrega da obra que custou R$ 120 milhões.
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"A dragagem teve uma grande complexidade por conta de rochas que foram encontradas no fundo do canal, o que tornou necessário a realização de um processo de derrocagem também. Foram tirados mais de 100 mil metros cúbicos de rochas. Foram várias surpresas no caminho, mas agora chegamos no final", contou Montenegro, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, na manhã desta segunda.
O presidente da Codesa ainda explica que os navios de maior porte ainda não estão autorizados a navegar pela Baía de Vitória. A nova profundidade precisa ser homologada pela Marinha, o que deve acontecer até o mês de novembro.
"Já enviamos há algum tempo os resultados dos testes no canal de acesso, que devem estar praticamente prontos. A última parte da obra, na bacia de evolução, foi enviada agora. Muitos navios que entram no nosso porto já tem capacidade para entrar e sair com mais peso, mas, por conta do limite antigo, eles tinham que sair com menos carga", explica.
Obra era para ser entregue em abril
Esta última etapa da dragagem foi iniciada em julho do ano passado e foi estabelecido um prazo para que o serviço fosse entregue em outubro de 2016. No entanto, a obra parou em abril, quando Montenegro afirmou que o contrato permitia que a empresa retirasse apenas mais 3,5 mil metros cúbicos da Baía de Vitória. O projeto total era da remoção de 1,8 milhões de metros cúbicos.
Existe ainda um projeto para que uma nova dragagem seja feita a longo prazo, chegando aos 14 metros de calado também na bacia de evolução - como estava no projeto inicial, mas foi reajustado para 13,5 metros.
Fonte: Gazeta Online