O vice-presidente extraordinário de Relações Internacionais da Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística), Ademir Pozzani, é direto: “não queremos estruturas como aduanas e armazéns em áreas de fronteira, porque isso somente serve para o afastamento dos países”. Ele propõe que as inspeções sejam realizadas na origem ou no destino e não no “meio do caminho”. Para ele, as aduanas geram a demora de dias no desembaraço das mercadorias.
Conforme Pozzani, esse cenário ocasionou uma crise nas transportadoras internacionais de cargas da região. Com a demora nas fronteiras o caminhão que trafega por essas rotas roda de 7 mil a 9 mil quilômetros por mês. Para o veículo pagar seu custo, é necessário que ele tenha um desempenho de 12 mil a 15 mil quilômetros mensais.
O dirigentre da NTC&Logística também reclama das dificuldades que os caminhoneiros brasileiros e de outros países sofrem na Argentina. Ele diz que enquanto os caminhões argentinos não pagam pedágios internos, os de outras procedências têm um acréscimo de 50% no valor da tarifa. Além disso, quando os caminhões estrangeiros abastecem de diesel na Argentina, eles precisam fazer a operação em uma bomba específica, que cobra o preço do país de origem do veículo e não o de venda para os caminhões nacionais. Pozzani também critica as cobranças de propinas, feitas por policiais corruptos, na província de Entre Rios, na Argentina. Em compensação, ele diz que as estradas daquela nação encontram-se em melhores condições de trânsito do que as brasileiras.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)
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