A MP dos Portos foi aprovada ontem no Senado sem imprevistos, com 53 votos a favor, 7 contra e 5 abstenções. Mas a aprovação na Câmara dos Deputados, na véspera, expôs a extensão da insatisfação do PMDB com a articulação política da presidente Dilma, embora não ameace a aliança eleitoral com o PT em 2014. Até porque o principal responsável pela contenção dos pemedebistas mais exaltados foi o vice-presidente, Michel Temer, fortemente empenhado na reedição da chapa de 2010. Foi o primeiro teste da aliança com o PMDB no comando do Poder Legislativo - e a coorde- nação política do governo foi reprovada.
O deputado Eduardo Cunha saiu fortalecido, como uma espécie de "líder dos descontentes" de todos os partidos da base aliada. Já a coordenação política deu uma exibição de fragilidade ao permitir que a Câmara levasse 41 horas para aprovar um texto que exigia apenas maioria simples.
Fonte: Valor Econômico/Raymundo Costa | De Brasília
PUBLICIDADE