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Obra no Mucuripe deve terminar em 2011

A obra de dragagem tem previsão para ser concluída em fevereiro próximo, mas pode ser entregue ainda em dezembro. Ao todo, vão ser retiradas 6,04 milhões de metros cúbicos de pedras, areia e lama, equivalente a dez estádios do Maracanã

O Porto do Mucuripe deve estar apto para receber navios de até 70 mil toneladas em menos de seis meses, e terminar 2011 com um incremento de 30% na movimentação de cargas. As previsões são do presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Holanda, devido à dragagem (retirada de pedras, lama e areia do fundo do mar) em curso. A obra, licitada em R$ 54,6 milhões oriundos da Secretaria Especial de Portos (SEP), “deve estar pronta até o começo de fevereiro no máximo”, segundo Holanda.

Já o diretor empresa vencedora da licitação, a Bandeirantes, Ricardo Sudaiha, é mais otimista: “Queremos entregar a dragagem em dezembro”. O prazo previsto em contrato é de 10 meses.

Para ele, o adiantamento é possível devido à utilização de um navio maior que o previsto no contrato, o Sea Way, capaz de recolher 13 mil metros cúbicos (m³) de material.

O navio-draga está sendo utilizado desde a última segunda feira, dia 27. Junto a este, vai ser utilizado o Mercey M., o mesmo que retirou as pedras, um processo chamado de derrocagem.

Sudaiha explica que devido ao menor porte do Mercey M. (1,9 mil m³), a embarcação vai ser responsável pela “limpeza” das áreas juntas ao cais, enquanto o Sea Way vai retirar os sedimentos do canal de acesso, refazendo-o, assim como da bacia de atracação, ou seja, a área de manobra dos navios. “O canal é como uma rodovia em baixo d’água. A obra é tão arrojada que vai preparar o porto para os próximos 50 anos, tanto que só o material a ser retirado é equivalente a dez Maracanãs”, estima.

A derrocagem terminou ontem, de acordo com o presidente da Docas, e retirou 40 mil m³ de pedra. Ainda vão ser recolhidos “seis milhões de m³ de lama e areia e descartar o material em alto mar, em dois pontos, um na altura do Náutico e outro perto do Pirambu, tudo seguindo as orientações da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente)”,. Segundo ele, “as áreas de despejo são longe de correntes marítimas e grandes ondas para não chegar às praias”.

Impactos
Para Holanda, após seis meses, “devem ser atraídas mais linhas de cabotagem e de longo curso e ter em média 30% a mais nas cargas movimentadas e gerar mais renda para cerca de 500 estivadores, portuários, arrumadores, vigias e conferentes, que ganham por hora trabalhada”.



Os tipos de carga com maior possibilidade de incremento, são “sal, soja vinda do Piauí, frutas, petróleo e derivados e vergalhões e chapas de aço”. Segundo a assessoria de imprensa da Docas, o porto deve terminar este ano com uma movimentação de 4 milhões de toneladas, maior que a prevista para o Porto do Pecém (2,5 milhões de toneladas).

Fonte: O Povo Online/Tunay Peixoto



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