Além da inclusão de um novo acesso ao Porto de Santos no projeto, a viabilização das obras viárias na entrada da Cidade ainda depende da liberação de recursos por parte do Governo Federal. Diante da crise e do ajuste fiscal, o temor é que os valores não sejam repassados e que os serviços não sejam realizados em sua totalidade.
A estimativa inicial é de que as obras custem cerca de R$ 700 milhões. O valor será dividido entre a União, o Governo do Estado e a Prefeitura de Santos. A administração municipal garantiu um empréstimo de R$ 269 milhões, que será pago em 21 anos à Caixa Econômica Federal, para garantir a sua parte.
O deputado federal Beto Mansur (PRB) esteve, recentemente, com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para tentar assegurar o repasse da verba. Segundo ele, o assunto já foi levado à presidente Dilma Rousseff porque, além de melhorar o trânsito na entrada de Santos, as obras viárias são fundamentais para asseverar o escoamento de cargas através do Porto de Santos e, portanto, são estratégicas para o País.
“Acho que todos devemos nos concentrar naquilo que é preciso fazer, que é conseguir os recursos necessários para as intervenções. Não adianta cada um dar um tiro para cada lado”, destacou o deputado federal.
Em seu pedido, Mansur também incluiu outras duas intervenções, que são o túnel ligando as zonas Noroeste e Leste e ainda o teleférico na área dos morros santistas. “Temos que ter consciência de que alguns projetos deverão aguardar, mas ponderei que o acesso à Cidade e ao Porto precisam sair. Tem que se fazer opções porque o dinheiro está curto verdadeiramente”.
O deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB) também segue na tentativa de garantir os recursos. Ele recorreu ao ministro dos Portos, Edinho Araújo e, entre outros pedidos, citou a necessidade de intervenções viárias na entrada da Cidade.
“Na medida em que o canal do Porto foi aprofundado e novas concessões ampliaram a capacidade do cais santista, ficamos com um gargalo que são as conexões entre as áreas internas do Porto com as rodovias Anchieta, Imigrantes e Cônego Domênico Rangoni. Quanto maior a movimentação de cargas, maiores serão os problemas nestes saturados acessos. É importante lembrar que estes acessos não servem apenas o setor portuário, mas também a entrada e saída dos municípios”.
Fonte: Fonte:A Tribuna on-line/Fernanda Balbino
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