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Operação de bunker no Maranhão se aproxima de 50 embarcações abastecidas

Parceria entre comercializadora Bunker One e refinaria administrada pela Acelen na Baía de São Marcos, iniciada há três meses, deve crescer 50% em 2024

A parceria entre a Bunker One e a Acelen para abastecimento de embarcações na área de fundeio da Baía de São Marcos (MA), iniciada há três meses, está perto de atingir a marca de 50 cargueiros e petroleiros até o final de dezembro. Para 2024, as empresas têm expectativa de alcançar um crescimento entre 40% e 50% no total de abastecimentos. A avaliação das companhias é que a estratégia é importante e está alinhada com o potencial apresentado pelos terminais do complexo portuário.

O CEO da Bunker One Brasil, Flavio Ribeiro, disse que a parceria proporcionou a cobertura de uma área geográfica estratégica e com uma forma única de atuação. “Estamos certos de que a demanda de abastecimento na região vai crescer de forma significativa no ano que vem”, afirmou o representante da comercializadora de combustíveis marítimos. A empresa é subsidiária do grupo dinamarquês Bunker Holding, que atua no fornecimento e comercialização de combustíveis marítimos e tem cerca de 15% de participação no mercado global.

A Acelen, que administra uma das principais refinarias (Mataripe) que produz esse tipo de combustível no país, avalia que a operação segue em regime permanente e em ascensão. Atualmente, 15% da produção da Acelen estão destinados ao bunker Brasil e a meta é dobrar esse número. “Manteremos nosso foco em produzir e entregar o melhor produto ao cliente, ampliando a competitividade ao abastecimento de bunker,” disse o vice-presidente comercial, trading e shipping da Acelen, Cristiano da Costa. A companhia foi criada pela Mubadala Capital, subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company.

A nova operação fornece a navios que não teriam escala programada na Baía de São Marcos e passaram a planejar paradas estratégicas na região exclusivamente para abastecimento. Esse procedimento representa 15% do volume abastecido até o momento. De acordo com as empresas, o abastecimento na área de fundeio é uma alternativa logística atraente e eficiente, pois possibilita que o fornecimento de combustível não interfira nas operações de carga e descarga nos terminais, otimizando o tempo de espera com redução de custos e das taxas portuárias.

A presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Maranhão (Syngamar), Lidia Pflueger, acrescentou que, nesses três primeiros meses, a atividade portuária no entorno aumentou e trouxe novos negócios para as empresas que atuam no local, como agências marítimas e prestadoras de serviços. “Percebemos que o número de contratações foi maior que nos últimos anos, o que, claro, também gera um impacto positivo para a economia de todo o estado”, relatou Lidia.


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