Os investimentos públicos da ordem de R$ 5,5 bilhões no setor portuário nos próximos anos atrairão cerca de R$ 30 bilhões de aportes privados no segmento. Para o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, esse capital só será aplicado no setor a partir da melhorias nos portos e acessos aos terminais.
"O que move a economia é a iniciativa privada. O governo deve ter o papel de indutor desse processo, dando condições de financiamento, infraestrutura básica e condições de regulação de mercado e segurança jurídica", analisou Fialho, que participou nesta sexta-feira (19) do Encontro Nacional de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro. Os mais de R$ 5 bilhões da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) devem ser investidos nos próximos quatro anos.
Fialho citou alguns investimentos como o da Vale, que investe US$ 4,5 bilhão — cerca de R$ 6 bilhões — para ampliar a capacidade de exportação no terminal no Maranhão, saltando de 90 milhões de toneladas para 230 milhões de toneladas. Em São Paulo, ele estima que sejam investidos aproximadamente R$ 7 bilhões, incluindo o porto de Santos e projetos já aprovados de granéis líquidos.
O diretor geral da Antaq defendeu ainda que a melhor gestão da parte operacional contribuirá para redução do tráfego portuário, sem novas construções. "Ainda temos bastante para investir e avançar em produtividade mexendo nos tempos de liberação das cargas, para trazer mais investimentos para que os terminais tenham mais eficiência da movimentação de contêineres por hora", indica.
Da Redação
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