NAYPYITAW (MYANMAR) - Os membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) concordaram nesta sex última sexta-feira em acelerar os preparativos para a integração econômica da região no ano que vem, providenciando medidas para diminuir as disparidades por meio do desenvolvimento da infraestrutura.
Em 2007, os membros da Asean concordaram em abolir tarifas e outras barreiras comerciais para transformar a região em uma comunidade econômica unificada em 2015. O processo de remoção das tarifas alfandegárias deu-se como planejado, mas os obstáculos permanecem em países menos desenvolvidos, como Myanmar e Laos, que têm buscado medidas protecionistas que limitam o investimento estrangeiro.
Como resultado, os preparativos para a Comunidade Econômica da Asean foram apenas 80% concluídos no ano passado, aumentando as preocupações de que o processo não possa ser terminado até o ano que vem.
No encontro desta sexta-feira, os ministros do Exterior dos países da Asean confirmaram que os investimentos em infraestrutura são um importante elemento para o crescimento econômico e a integração regional. Uma declaração conjunta a ser emitida neste sábado vai incluir planos para acelerar os projetos atuais, como os 5 mil quilômetros de ferro via entre Cingapura e Kunming, na China, e dutos de gás natural ligando os países da comunidade.
Construir infraestrutura de transporte e de energia em bloco vai dar um reforço aos países menos desenvolvidos, ajudando a corrigir as diferenças econômicas entre as nações. O objetivo é criar um ambiente propício para dimi nuir as barreiras comerciais entre esses países.
Em discurso antes da reunião, o presidente de Myanmar, Thein Sein, disse que a Comunidade Econômica da Asean irá demonstrar a credibilidade e a solidariedade da região para o mundo. Ele expressou confiança de que o bloco possa atingir seus objetivos nos próximos 17 meses.
Disputas
A promessa de integração econômica tem impulsionado o investimento estrangeiro no sudeste da Ásia, e há temores de que a presença da Asean será reduzida sem ele.era até o mês passado palco de batalhas entre navios vietnamitas e chineses. Eles tentarão elaborar rapidamente um código de conduta que é juridicamente vinculativo, com a intenção de coibir ações da China.
As Filipinas também estão em meio a uma disputa territorial com Pequim. O secretário de Relações Ex teriores, Albert del Rosario, pretende buscar uma moratória sobre as ações que possam aumentar as tensões no Mar do Sul da China.
Os ministros também vão discutir a situação do Mar da China Oriental, onde Tóquio e Pequim vêm batendo de frente por causa das Ilhas Senkaku, as quais a China chama de Diaoyu. Os chanceleres devem ressaltar a importância do turismo marítimo livre e pedir uma solução pacífica para a controvérsia.
Os ministros de Relações Exteriores do Japão, da China e da Coreia do Sul devem se reunir com seus colegas da Asean em Naypyitaw neste sábado. Um Fórum Regional da Asean será realizado domingo, reunindo, além desses países, Estados Unidos, União Europeia e Coreia do Norte.
(Fonte: Valor Econômico\Nikkei Asian Review)
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